Cerca de 90% das mortes foram causadas pelo agravamento de uma doença subjacente combinada com a infeção pelo novo coronavírus, detalhou o Centro de Controlo de Doenças (CDC) da China.
As restantes mortes ocorreram sobretudo por insuficiência respiratória causada pelo coronavírus, que se espalhou rapidamente pelo país durante dezembro e janeiro, após Pequim ter posto fim a quase três anos da política de ‘zero casos’ de covid-19.
O CDC informou, na semana passada, que o número de mortes por covid-19 em clínicas no país caiu 97,6% até 06 de fevereiro, face ao pico de 4.273 óbitos registado em 04 de janeiro.
O número de internamentos devido a infeção pela covid-19 atingiu o pico de 1,6 milhão, em 05 de janeiro, quando começou a cair, até atingir 60 mil, em 06 de fevereiro.
No âmbito da política de ‘zero casos’ de covid-19, várias cidades chinesas foram submetidas a rigorosos bloqueios, ao longo de semanas ou meses, e impuseram um regime de testes de ácido nucleico obrigatório para toda a população.
O levantamento das restrições ocorreu após protestos em larga escala, realizados em várias cidades da China. Alguns dos manifestantes gritaram palavras de ordem contra o Partido Comunista e o líder chinês, Xi Jinping, que assumiu a estratégia ‘zero covid’ como um trunfo político e prova da superioridade do modelo de governação autoritário da China, após o país conter com sucesso os surtos iniciais da doença.
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