sexta-feira, outubro 18, 2024

Mobilização da Polícia Civil da Bahia continua: categoria pede valorização salarial

O presidente do Sindicato dos Policiais Civis do Estado da Bahia (Sindpoc), Eustácio Lopes, informou ao Acorda Cidade, nesta quinta-feira (10), que continuam suspensas as entrevistas à imprensa e as operações da Polícia Civil, como parte da mobilização da categoria por melhores salários. No entanto, as atividades rotineiras, como diligências, oitivas, interrogatórios, relatórios e outros atendimentos à população seguem normalmente.

Ele explicou, que a mobilização é resultado da rejeição, em Assembleia realizada no dia 6 de setembro, da proposta do governo estadual de reajuste salarial de 12% ao longo de três anos, sendo 2025, 2026 e 2027.

Segundo Lopes, o aumento oferecido é inferior à inflação do período e não altera a situação dos policiais civis. Ele destacou que, sob a gestão anterior, a categoria ficou oito anos sem valorização, o que resultou em uma queda significativa no ranking nacional de salários, que vem se prologando até os dias atuais.

Delegado da 1ª Coorpin se reune com representações sindicais da Polícia Civil da Bahia ft aldo matos1

Eustácio apontou que a falta de valorização e reconhecimento dos profissionais de segurança foi um dos motivos para a suspensão temporária das chamadas “operações midiáticas” e das entrevistas à imprensa. Ele citou o aumento da violência, com a atuação de facções criminosas em Feira de Santana e em outras regiões da Bahia, como um desafio para a segurança pública.

O presidente do Sindipoc mencionou também um recente crime ocorrido em Abrantes, na Região Metropolitana de Salvador, onde dois jovens músicos foram assassinados após serem confundidos com membros de uma facção criminosa rival. Lopes afirmou que a Polícia Civil continua trabalhando com inteligência e investigações para combater o crime organizado.

“Somos a sétima economia do país. Pedimos, ao menos, que nossos policiais tenham salários entre os dez melhores do Brasil”, concluiu, ressaltando que os profissionais enfrentam riscos diários e que muitos precisam realizar outras atividades para complementar sua renda.

Com informações do repórter Ed Santos do Acorda Cidade

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