No dia 13 de dezembro, é celebrado não apenas o aniversário de Luiz Gonzaga, o Rei do Baião, mas também o Dia Nacional do Forró, instituído em 2005 para homenagear o impacto cultural desse ritmo tipicamente brasileiro. Gonzaga foi um cronista do sertão, traduzindo nas letras e melodias as complexidades do cotidiano nordestino, seja ao abordar a seca em “Asa Branca” ou as danças como o xote e o xaxado, que ele ajudou a popularizar.
Luiz Gonzaga não apenas difundiu a música nordestina, mas também usou sua obra como ferramenta de valorização do sertão e de combate aos estereótipos negativos associados à região. Além disso, a escolha de vestimentas típicas, como o chapéu de couro e a roupa de vaqueiro, transformou elementos tradicionais em ícones de orgulho e resistência cultural.
O Dia Nacional do Forró celebra ainda a riqueza de um gênero que vai além da música. Declarado Patrimônio Cultural do Brasil pelo IPHAN em 2021, o forró abrange tradições como a dança, os festivais e uma mistura de ritmos como baião, xote e arrasta-pé. Recentemente, uma lei sancionada oficializou o forró como manifestação cultural nacional, ampliando oportunidades para políticas públicas de preservação e fomento, especialmente no Nordeste.
A data também é uma oportunidade de lembrar mulheres pioneiras como Marinês, “Rainha do Xaxado”, que desbravou espaços na música nordestina ao lado de Gonzaga, e de reforçar como o forró transcendeu fronteiras, consolidando-se como um símbolo da identidade cultural brasileira.
