segunda-feira, julho 14, 2025

Taxa de juros média sob governos Lula é a maior do século XXI

Patamar médio da gestão atual de 12,5% se aproxima dos maiores já registrados no período; recorde fica sob o primeiro mandato do petista, com Selic média de 18,7%

A média da taxa de juros é maior durante governos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). No século XXI, os três governos do petista estão entre os cinco com juros mais elevados, ao comparar com o patamar médio da gestão de outros chefes do Executivo no período.

Levantamento feito pela CNN Brasil com base nos dados do Banco Central mostra que a Selic média no atual governo é de 12,5%, figurando entre os maiores patamares registrados.

O maior percentual é do primeiro mandato de Lula, de 2003 a 2006, quando a taxa básica de juros atingiu média de 18,7%, levemente acima dos 18,6% registrados nos dois últimos anos do governo Fernando Henrique Cardoso (PSDB), ao considerar os dois primeiros anos do século XXI.

Em seguida, temos os juros médios do segundo mandato da presidente Dilma Rousseff. De 2014 a agosto de 2016, até Michel Temer assumir a Presidência, a Selic teve média de 13,8%.

O próximo período já é o do governo atual, com taxa básica de juros média de 12,5%. Depois vem os governos Lula 2 (11,1%), Temer (10,9), Dilma 1 (9,9%) e Jair Bolsonaro (6,6%).

No caso do governo de Michel Temer, foi considerada a Selic entre agosto de 2016, quando o emedebista assumiu o Executivo, até o fim de 2018, antes de passar a faixa presidencial a Jair Bolsonaro.

Dados

Vale ressaltar que a CNN utilizou as decisões do Copom (Comitê de Política Monetária) para realizar o levantamento a partir de cada governo brasileiro deste século.

Segundo Alexandre Espírito Santo, economista-chefe da Way Investimentos, o cenário persistente de Selic elevada no Brasil atualmente se deve especialmente a dois fatores: o aumento do juro neutro no mundo e as decisões econômicas expansionistas na cena doméstica.

O juro neutro é a taxa que mantém a inflação sob controle e, ao mesmo tempo, permite o crescimento econômico. Para Espírito Santo, essa taxa cresceu após a pandemia da Covid-19 em razão dos esforços fiscais dos governos ao redor do mundo durante a crise.

Fonte: CNN Brasil

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