“O povo venezuelano diz ao império: Chega de ameaças! Viva a liberdade do povo venezuelano, viva a pátria livre e soberana!”, declarou Maduro no sábado.
Os Estados Unidos “têm medo de nós porque nós não temos medo”, acrescentou o presidente venezuelano, em declaração transmitida pela emissora estatal VTV.
Maduro afirmou que as ameaças dos EUA, em vez de intimidar, resultaram em uma pátria “mais unida do que nunca”.
“Estamos mais unidos do que nunca para garantir a soberania, a paz e o direito à vida e ao trabalho do povo da Venezuela”, reforçou.
O presidente elogiou a natureza “guerreira, rebelde e livre” dos venezuelanos e disse que estão “ansiosos e preparados” para enfrentar qualquer dificuldade.
“Se nos ameaçarem, ficamos ainda mais fortes”, concluiu Maduro, fazendo também um apelo aos parceiros da América Latina e do Caribe.
“O povo bolivariano está de pé, independente, livre e soberano, e o império brutal não conseguiu nos colocar de joelhos, nem conseguirá”, disse o chefe de Estado, em referência a Simón Bolívar (1783–1830), considerado o pai da independência da Colômbia, Venezuela, Equador, Peru, Panamá e Bolívia.
No sábado, o Exército venezuelano foi enviado a várias comunidades para ensinar moradores a manusear armas, como parte de um plano de treinamento diante das tensões com os Estados Unidos.
Horas antes, o presidente norte-americano havia ameaçado a Venezuela com consequências “incalculáveis” caso o governo de Caracas não aceitasse o retorno de “prisioneiros e internos de hospitais psiquiátricos” que, segundo ele, foram “empurrados” para os EUA.
“Queremos que a Venezuela aceite imediatamente todos os prisioneiros e internos de hospitais psiquiátricos (…) que os dirigentes venezuelanos forçaram a entrar nos Estados Unidos”, escreveu Donald Trump.
“Façam-nos sair do nosso país imediatamente, ou o preço que vocês pagarão será incalculável”, completou.
Trump aumentou recentemente a pressão diplomática e militar sobre a Venezuela, enviando navios de guerra para o Caribe — oficialmente para uma operação antidrogas — e destacando dez caças F-35 para Porto Rico, território associado aos EUA.
Washington acusa Maduro de chefiar uma ampla rede de narcotráfico voltada aos Estados Unidos e anunciou ter destruído recentemente várias embarcações de supostos “narcoterroristas”.
O partido de oposição venezuelano Vontade Popular, liderado por Leopoldo López, manifestou apoio ao destacamento militar dos EUA.
Em comunicado publicado na rede social X, o partido reiterou a necessidade de “aumentar a pressão política, econômica e diplomática para acelerar a transição para um país livre, com instituições legítimas e respeito aos direitos humanos”.
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