domingo, outubro 26, 2025

Baianas são as primeiras a receber visto Working Holiday em parceria entre Brasil e Coreia do Sul

Giulia e Layne, de 29 e 24 anos, tiveram que comprovar renda e língua estrangeira para poder viver e se comunicar no país asiático

As baianas Giulia Magalhães e Layne Esther foram as primeiras contempladas do país com o programa de visto de férias – trabalho, Working Holiday Visa, em parceria com a Coreia do Sul. O acordo bilateral foi firmado em agosto deste ano e o programa começou a valer mês passado, permitindo que jovens entre 18 e 34 anos, possam trabalhar e estudar no país parceiro por até um ano.

SOLENIDADE DE ENTREGA

Com a documentação entregue e minuciosamente avaliada pela equipe consular da Embaixada da Coreia, foi marcada a entrega dos dois primeiros vistos da modalidade no Brasil, na sede da embaixada sul-coreana, que fica na capital federal. As contempladas foram recebidas, no fim da tarde desta sexta-feira, 24, em uma cerimônia especial pelo embaixador da Coreia no Brasil, Choi Yeong Han, o cônsul Sang Wook Lee, além do conselheiro da embaixada coreana, Jihoon Kim. Representando o Ministério das Relações Exteriores, a diretora do Departamento de Imigração e Cooperação Jurídica do Itamaraty, Patrícia Chiarello, também participou da solenidade.

As jovens que se conheceram no dia da entrega do visto de trabalho, conversaram por mais de uma hora, em inglês, com o embaixador e o consul mas também demonstraram entender o coreano como agradecimentos, saudações e pratos tipicos, motivos de descontração durante o bate~papo. Elas receberam flores, a entrega do passaporte (que fica retido durante processo do visto) e a confirmação da permissão para trabalhar na Coreia do Sul pelo período de 12 meses, a contar da entrada no país asiático. Elas também têm até 1 ano para utilizar o Working Holiday Visa.

DOS DORAMAS PARA VIDA REAL

Natural de Salvador, a social-media, Layne Esther, de 24 anos, decidiu conhecer a Coreia do Sul depois de um princípio de depressão. Ela conta que ao assistir ao primeiro K-drama(dorama), Uma advogada extraordinária, decidiu que queria visitar o pais. “Tinha umas economias, comprei uma passagem e avisei para meus pais que ia para Coreia. Assustados com a distância, eles concordaram porque queriam que eu saisse daquela situação da depressão”, lembra. Em uma das três vezes que foi para Coreia a passeio, chorou ao ter que ir embora. A ficha caiu. Foi ai que decidiu tentar o visto de trabalho ao ter conhecimento da parceria firmada entre Brasil e Coreia.

Já a psicóloga de Barreiras, no oeste da Bahia, Giulia Magalhães, de 29 anos, revela que a paixão pela Coreia surgiu após um convite inesperado de um amigo para viajar para o país asiático, em 2024. Ela topou! De lá pra cá, foi duas vezes para a Coreia, sendo que na ultima viagem, ficou três meses por lá, periodo máximo permitido com visto de turista. Foi ai que decidiu apostar no visto de trabalho.

WORKING HOLIDAY

As duas já decidiram trabalhar em suas áreas na Coreia: Layne vai morar em Seul, capital do país, e vai focar nas midias sociais mostrando, para os brasileiros, a Coreia por trás dos doramas – as maravilhas de um país oriental, a cultura, as belezas e a relação amistosa entre coreanos e brasileiros. Ela também pretende se aprofundar no aprendizado da lingua coreana.

Giulia optou por morar distante de Seul e de toda sua agitação. Vai realizar seus atendimentos on-line de psicologia na pacata vila de Pohang, bem pertinho da Ilha Jeju, uma dos cartões postais da Coreia do Sul. Giulia tem especialização em jogos digitais, e vê na Coreia, um forte potencial de trabalho. O país trata os jogadores digitais como celebridades e é um dos países com mais jogadores no ranking do League of Legends. “E como jogo tem relação com mente sã – muitos acabam tendo problemas psicológicos por excesso de tempo diante das maquinas”, revela Giulia.

No site da Embaixada da Coreia (https://overseas.mofa.go.kr/br-pt/index.do) é possível fazer a solicitação do Working Holiday com o passo a passo de toda documentação necessária. São apenas 300 vistos da modalidade por ano e entre as exigências é importante comprovar renda necessária para se bancar no país, fazer um seguro-saúde pelo periodo de 12 meses e falar fluente inglês ou coreano.

Assessoria de Imprensa – Patrícia Narriman

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