A Operação Sinete, deflagrada pela Polícia Civil nesta quarta-feira (26), desarticulou um grupo investigado por fraudes documentais, grilagem de terras e lavagem de dinheiro em Feira de Santana e municípios vizinhos. A ação cumpriu 47 mandados de busca e apreensão, sete prisões e determinou o sequestro judicial de bens, com bloqueio de até R$ 6 milhões por CPF e R$ 60 milhões por CNPJ ligados aos suspeitos.
De acordo com o Departamento de Repressão e Combate à Corrupção, ao Crime Organizado e à Lavagem de Dinheiro, o esquema envolvia servidores de cartórios, empresários, advogados, corretores e agentes de segurança pública. A investigação aponta falsificação e manipulação de documentos públicos e judiciais, com uso irregular de procurações, certidões e decisões para apropriação clandestina de propriedades. Em alguns casos, foram registrados atos de coação, violência e porte ilegal de arma de fogo.

Tiveram a prisão temporária decretada pelo prazo de 5 dias para os investigados: Arnaldo Novais Melo, Geraldo Bispo Ferreira, Oyama de Figueredo, Luana Cajado Figueiredo, Livia Cajado de Figueiredo Cosmo, Pedro Henrique dos Reis Figueiredo, José Marlos Viana, Vanderlino Oliveira Evangelista. Os policiais militares Edson Trindade Oliveira, Moacir Lima dos Santos e Ricardo da Silva Vieira tiveram a prisão temporária indeferida, mas foram alvo de medida cautelar.
Durante as diligências, foram apreendidos doze carros, duas motocicletas, joias, dinheiro em espécie e grande quantidade de documentos. O material será analisado para reforçar a apuração sobre movimentações financeiras e o papel de cada investigado. As medidas foram autorizadas com base em interceptações telefônicas, análises bancárias, diligências de campo e correições administrativas em cartórios.
A operação contou com apoio da Força Correcional Especial Integrada, das corregedorias da Polícia Militar e da Polícia Civil, além da Corregedoria-Geral de Justiça do Tribunal de Justiça da Bahia. As equipes atuaram simultaneamente para garantir a preservação das provas. A Justiça também determinou o afastamento cautelar de servidores suspeitos.
Fonte: Blog do Velame





