Sem o apoio ideológico dos Governos de Lula da Silva e Dilma Rousseff, viu-se um ocaso do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) desde 2016 no Governo de Michel Temer, e principalmente na gestão de Jair Bolsonaro.
O que a sociedade rural não esperava foi a criação de novas frentes, tidas como braços do movimento lançadas por ex-líderes do MST. Agora no Governo Lula III, o “Carnaval Vermelho” registrou ocupações de terras no interior paulista pela Frente Nacional de Luta Campo e Cidade. Enquanto os sem-terra apontam terras improdutivas, a reação dos produtores foi imediata.
Na sexta-feira foram denunciadas invasões pela Associação Brasileira dos Criadores de Zebu, e os ruralistas estão armando seguranças para o confronto caso a PM não intervenha e a Justiça seja morosa nos casos de pedidos de reintegração de posse. Outro alerta partiu hoje da Federação da Agricultura e Pecuária do Estados de São Paulo (FAESP), através de seu vice-presidente, Tirso Meirelles.
A FAESP já mapeou invasões e ou tentativas em áreas rurais de cidades do Oeste paulista, como nas regiões de Rosana, Presidente Venceslau, Marabá Paulista e Sandovalina. “O diálogo para conter as invasões com representantes do governo do Estado tem sido permanente”, afirma Tirso.
Os movimentos rurais de sem-terra, ligados ou não ao MST, vêm se fortalecendo desde meados do ano passado, em especial no Sul da Bahia. Alguns deles com motivação eleitoral. Durante a campanha, Trancoso, balneário no Sul da Bahia, vivenciou invasões de terras pelo Movimento de Resistência Camponesa (MRC) – denunciado pela Coluna como eleitoreiro, onde houve até comício de candidatos que posteriormente foram eleitos.
Coluna do Mazzini/IstoÉ