sábado, novembro 23, 2024

Abate de objetos voadores nos EUA? “Decisão baseada no interesse do povo”

Os três objetos, incluindo um abatido no domingo sobre o Lago Huron, estavam a viajar a uma altitude tão baixa que representavam um risco para o tráfego aéreo civil, sublinhou o porta-voz de segurança nacional da Casa Branca, John Kirby.

Embora o governo de Joe Biden ainda não tenha evidências de que estes estavam equipados para fins de espionagem, ou de que pertenciam à China, as autoridades não descartaram essas possibilidades, acrescentou.

“Foram decisões baseadas pura e simplesmente no melhor interesse do povo americano”, salientou Kirby.

Esta polémica começou com uma esfera branca gigante, detetada pela primeira vez nos céus dos Estados Unidos no final de janeiro, situação que intrigou as autoridades norte-americanas e despertou a curiosidade em todo o mundo.

Embora os três objetos mais recentes diferissem em tamanho, manobrabilidade e outras características do balão de vigilância derrubado em 04 de fevereiro, as autoridades agiram para eliminar cada um destes do céu.

“Como não conseguimos avaliar definitivamente o que são estes objetos mais recentes, agimos com muita cautela”, frisou Kirby.

Uma possibilidade que os EUA conseguiram descartar é qualquer ligação com atividades extraterrestres, adiantou a Casa Branca esta segunda-feira, reprimindo especulações sobre alienígenas e o espaço sideral.

Outras nações ocidentais também estão a tentar avaliar a série de incidentes e o primeiro-ministro britânico, Rishi Sunak, referiu esta segunda-feira que o governo fará “o que for preciso” para proteger o país, durante a apresentação de uma revisão de segurança no Reino Unido.

Já o primeiro-ministro canadiano, Justin Trudeau, defendeu que “existe algum tipo de padrão” no balão chinês e os três outros objetos, embora os EUA não concordem com estas declarações.

John Kirby falou esta segunda-feira aos jornalistas depois das alegações da China de que mais de 10 balões de alta altitude dos EUA sobrevoaram o seu espaço aéreo durante o ano passado sem a sua permissão.

As autoridades norte-americanas já tinha negado veementemente as alegações e Kirby frisou: “Não estamos a voar com balões de vigilância sobre a China”.

Depois de, na passada semana, os Estados Unidos terem abatido um balão chinês alegadamente espião — e que Pequim diz ter tido apenas finalidades meteorológicas e saído da rota original — Washington ordenou, no domingo, o derrube de um outro objeto voador que sobrevoava o Lago Huron, na fronteira com o Canadá.

A situação criou já uma crise diplomática, depois do secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, ter cancelado a visita planeada à China.

Nenhum dos três objetos mais recentes foi recuperado, frisou, por sua vez, o secretário de Defesa, Lloyd Austin, em declarações aos jornalistas em Bruxelas, para onde viajou para participar numa reunião de ministros da Defesa da NATO esta semana.

Austin argumentou que o clima impediu os esforços de recuperação no Alasca, enquanto no Canadá o objeto foi derrubado numa área muito remota que também estava a impedir as operações.

No Alasca, onde o objeto pousou no gelo marinho, o vento frio e as preocupações com a segurança “estão ditar os cronogramas de recuperação”, destacou.

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