O Bahia sofreu contra o lanterna do Campeonato Brasileiro na noite desta quarta-feira, 24, mas conseguiu evitar a derrota graças ao gol salvador de Jean Lucas, no último lance do jogo. O confronto diante do Atlético-GO, no Estádio Antônio Accioly, foi válido pela 19ª rodada e terminou com o placar de 1 a 1.
Em entrevista coletiva após a partida, o técnico Rogério Ceni disparou contra o árbitro da partida, o cearense Luciano da Silva Miranda Filho. Foi a primeira vez que ele apitou um jogo da Série A do Campeonato Brasileiro.
“Estreia na Série A, não sou nada contra porque precisa trabalhar para ganhar experiência na vida. Jean Lucas ganhou a bola de cabeça, Ratão ia fazer o gol, ele deu a falta no lance do gol. Se atrapalhou [o árbitro], estava nervoso. Errou, mas não prejudicou o Atlético-GO. Poderia não ter sido expulso, mas o jogo correu. O árbitro travou um gol nosso que era claro, mas travou por inexperiência”, declarou Ceni.
O descontentamento com o árbitro não ficou só do lado tricolor. O técnico Vagner Mancini também se revoltou com a atuação do árbitro, que culminou na “maior injustiça dos últimos tempos”, segundo ele.
“Estou, sinceramente, perplexo até agora. Não dá para entender o que o árbitro quis fazer no fim do jogo. Ele deu seis minutos a mais e depois deu mais um minuto de jogo. Aí sai um impedimento e faltavam 20 segundos. O Bahia bate a infração e ele (árbitro) manda voltar. Nisso, estourou o tempo. Na viagem da bola, se ele fosse um árbitro preparado para a Série A, ele acabaria o jogo. Ele proporcionou a maior injustiça que eu vi nos últimos tempos”, analisou Mancini.
Rogério Ceni, no entanto, rebateu as declarações do treinador do Atlético-GO e ainda o ‘acusou’ de ter mandado o goleiro Ronaldo cair para provocar uma parada técnica.
“Ele [Vagner Mancini] achou que o Atlético foi prejudicado? […] Não fez uma boa arbitragem, mas em momento nenhum prejudicou o Atlético. Lances errados para os dois lados. Entendo a posição do treinador, frustrante. Eu também ficaria chateado”, respondeu o comandante tricolor.
“O Atlético se defendeu, praticamente não tocou na bola no começo do jogo. Na hora que houve parada técnica, Mancini manda o goleiro cair no chão e chama todos os jogadores para perto, praticamente uma parada técnica. Ele adianta mais a marcação, corre mais riscos atrás e diminui nossa facilidade no jogo combinado”, complementou Ceni.
Na próxima rodada, a primeira do segundo turno, o Bahia recebe o Internacional na Arena Fonte Nova. A bola rola às 20h de sábado, 27.
A Tarde/ Foto: Letícia Martins | EC Bahia