Depois de um ano de formar a maior bancada da Câmara dos Deputados, o partido do ex-presidente Jair Bolsonaro, o PL, passa por um movimento de debandada da sigla. Ao todo, cinco deputados federais já trocaram de sigla ou negociam uma desfiliação. O motivo: as aproximações da sigla com o governo Lula (PT). As informações são do jornal O Globo.
Entre os que negociam uma desfiliação é o deputado federal Ricardo Salles (PL-SP). De olho na eleição para a prefeitura de São Paulo, o ex-ministro do Meio Ambiente já vem dialogando com o presidente nacional do PL, Valdemar Costa Neto, para que ele seja autorizado a mudar de partido.
Na capital paulista, o partido de Bolsonaro deve apoiar o prefeito Ricardo Nunes (MDB) e descartou uma candidatura de Salles pelo PL. Porém, ainda não estar descartada uma saída amigável. O possível destino do ex-ministro deve ser é o Patriota, que deve se fundir ao PTB. Quem fez o mesmo caminho foi a deputada federal Magda Mofatto (GO), que deixou o PL em março, tomou o mesmo caminho.
Moffatto deixou o partido depois de atritos com o ex-deputado bolsonarista Major Vitor Hugo e com o senador Wilder Morais, que assumiram o diretório do PL em Goiás com a autorização de Bolsonaro e Valdemar.
Outro que pode deixar o PL e migar para o Patriotas é deputado federal Cabo Gilberto (PL-PB). O parlamentar e seu grupo político não concordam com a candidatura do ex-ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, à prefeitura de João Pessoa pelo PL. Gilberto ainda tem uma “rixa” com o deputado federal Wellington Roberto (PL-PB), aliado de Valdemar, que se aliou ao governador da Paraíba, João Azevêdo (PSB).
Outras duas baixas do PL foram os deputados Yury do Paredão (sem partido) e João Maia (PP). Eles deixaram o partido depois de se aproximarem do governo Lula. Yury irritou a bancada bolsonarista na Câmara após posar para uma foto fazendo um gesto de “L” com a mão ao lado de ministros. Ele articula uma aliança com governador do Ceará, Elmano de Freitas (PT), para uma candidatura para a prefeitura de Juazeiro do Norte.
Maia trocou o PL pelo PP neste depois que o senador Rogério Marinho, aliado de Bolsonaro, assumiu o comando do partido no Rio Grande do Norte.
Bnews – Foto divulgação Valter Campanato / Agência Brasil