sexta-feira, novembro 22, 2024

Bahia integra megaoperação contra o desmatamento

A Bahia faz parte da sétima edição da Operação Mata Atlântica em Pé, uma das maiores ações de combate ao desmatamento desse bioma no Brasil. A iniciativa, que começou ontem e se estende até o dia 27 de setembro, conta com a participação de 17 estados brasileiros, todos com áreas de cobertura da Mata Atlântica. Na Bahia, a fiscalização é conduzida por equipes do Ministério Público do Estado da Bahia (MP-BA), do Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Inema) e do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama).

A Bahia é destaque negativo no desmatamento da Mata Atlântica. O estado foi o segundo com maior índice de devastação entre 2022 e 2023, perdendo 5.719 hectares de cobertura vegetal. As operações buscam reverter esse cenário, que coloca o estado como um dos mais afetados no país. “Tivemos melhoras nos últimos anos no Brasil, resultado desse trabalho integrado de fiscalização, mas a Bahia ainda registra números alarmantes”, afirmou o promotor de Justiça e coordenador do Centro de Apoio Operacional do Meio Ambiente (Ceama), Augusto César Matos.

A operação deste ano ocorre em 20 municípios baianos, abrangendo regiões como o Extremo-Sul e o Nordeste do estado. Entre as cidades com maiores índices de desmatamento estão Cândido Sales, que registrou 579,41 hectares desmatados, e Encruzilhada, com 343,27 hectares desmatados. Porto Seguro e Belmonte também estão entre os municípios mais afetados, com perdas de 93,68 e 93,4 hectares, respectivamente.

“O objetivo dessa operação é coibir toda e qualquer atividade que esteja suprimindo a vegetação, seja para atividade agrícola, loteamento ou construção. O Ministério Público tem o dever constitucional de manter esse importante bioma nacional. Entre as atribuições estaduais do MP está a defesa do meio ambiente”, explica o promotor. A Mata Atlântica, um dos biomas mais ricos em biodiversidade do Brasil, cobria originalmente cerca de 1,3 milhão de quilômetros quadrados do país. Atualmente, restam apenas 24% da área original, e apenas 12,4% são florestas maduras e bem preservadas, conforme dados da ONG SOS Mata Atlântica.

A Tarde – Foto: Mario C Bucci / Divulgação

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