segunda-feira, agosto 25, 2025

Bahia tem o 4º menor crescimento populacional do país e se torna mais feminina, idosa e preta

A Bahia registrou um dos menores crescimentos populacionais do país nos últimos 12 anos, mas viu algumas alterações em seu perfil demográfico. Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNADC) 2024, divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) na última sexta-feira (22).

Segundo os dados, em 2024, a população baiana chegou a 14,829 milhões de pessoas, mantendo o estado como o 4º mais populoso do Brasil, atrás apenas de São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro.

Entre 2012 e 2024, a Bahia teve aumento de 3,9% em sua população, o 4º menor crescimento proporcional do país. No mesmo período, o Brasil cresceu 7,5%. Apenas Alagoas, Rio Grande do Sul e Rio de Janeiro tiveram avanços menores.

PNADC - População
Fonte: IBGE

Envelhecimento da população

De acordo com o IBGE, o crescimento demográfico concentrou-se nas faixas etárias mais altas. Entre 2012 e 2024, a população idosa (60 anos ou mais) aumentou 57,7%, passando de 1,494 milhão para 2,356 milhões de pessoas.

Já a população de crianças e adolescentes (0 a 17 anos) caiu 18,9% no período, enquanto a de jovens (18 a 29 anos) teve queda de 9,6%. A Bahia tornou-se, assim, um estado cada vez mais envelhecido.

PNADC - População
Fonte: IBGE

Mais pessoas se declarando como pretas

O levantamento também destaca a composição racial da população. A quantidade de pessoas que se declararam pretas cresceu 46,5% entre 2012 e 2024, passando de 2,474 milhões para 3,624 milhões, o que representa quase um quarto da população baiana (24,4%).

Por outro lado, houve queda entre brancos (-5,3%) e pardos (-6,2%). A Bahia continua sendo o estado com a maior proporção de pessoas pretas do país.

Mais mulheres

PNADC - População
Fonte: IBGE

A Bahia também se tornou mais feminina. Em 2024, as mulheres representavam 52% da população estadual, contra 51,3% em 2012. O crescimento no número de mulheres (5,4%) foi mais que o dobro do registrado entre os homens (2,3%). O estado passou a ocupar a 5ª posição no ranking nacional de maior proporção de mulheres, subindo três posições desde 2012.

Chefia feminina nos lares

Os dados mostram ainda o perfil familiar. Em 2024, 53,7% dos domicílios baianos eram chefiados por mulheres, um aumento de 73,4% em relação a 2012. Nesse período, diminuiu o número de mulheres registradas como cônjuges (-24,2%) e como filhas ou enteadas (-11,8%).

A Bahia tinha, em 2024, a 9ª maior proporção de domicílios sob responsabilidade de uma mulher e subiu três posições nesse ranking, frente à 12ª posição ocupada em 2023, quando a chefia feminina estava presente em 53,3% das residências. Em um ano, 91 mil domicílios passaram a ter uma mulher como responsável, no estado.

Segundo o IBGE, essa transformação aponta para a crescente centralidade da mulher como responsável pelos lares no estado.

Acorda Cidade = Foto: Valter Pontes / Secom PMS

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