O Banco Central realizou nesta quinta-feira, 19/12, dois novos leilões de dólares para conter o aumento da moeda norte-americana. Logo após a abertura do mercado, um leilão de US$3 bilhões à vista foi concluído, mas, mesmo assim, não foi capaz de conter a disparada. Por volta das 10 horas da manhã um segundo leilão de US$5 bilhões foi concluído. A moeda chegou a bater o recorde de R$ 6,30 por volta das 10h10. Agora, a moeda americana opera abaixo dos R$ 6,20.
Os leilões foram anunciados após a moeda norte-americana fechar o mercado em alta nesta quarta, sendo cotado a R$ 6,26 – a maior cotação nominal da história. A intervenção no câmbio busca segurar o preço do dólar em meio a negociações do pacote de corte de gastos, em tramitação na Câmara dos Deputados.
De acordo com o aviso emitido pelo BC na noite desta quarta-feira, 18, o leilão será feito logo após a abertura do mercado, por volta das 9h. Nesta quarta, quando não interferiu no câmbio, o dólar subiu 2,82%, influenciado pelo atraso na votação do pacote fiscal e pela indicação do Banco Central norte-americano de que poderá fazer menos cortes de juros nos Estados Unidos no ano que vem. Integrantes do governo e da base aliada dizem que algumas fake news contra o futuro presidente do BC, o diretor Gabriel Galípolo, teria tido influência na alta histórica.
Este é o quarto leilão realizado pelo Banco Central nos últimos dias. Ao todo, já foram leiloados mais de US$15 bilhões no mercado de câmbio. O último aconteceu na terça-feira, 17, quando o BC vendeu US$1,272 bilhão das reservas internacionais pela manhã e US$2,015 bilhões à tarde.
Agência Brasil