sábado, setembro 7, 2024

Bruno Dauster toma decisão sobre caso dos respiradores

Bruno Dauster Magalhães, ex-Casa Civil do governo Rui Costa, ingressou com uma queixa-crime contra Paulo de Tarso Carlos, sócio da Biogeoenergy, empresa contratada para a fabricação de respiradores para o Consórcio Nordeste. O ex-secretário acusa o empresário de calúnia e difamação. Uma audiência sobre o caso está sendo realizada na manhã desta terça-feira (12).

Dauster alega que recebeu com imensa surpresa a declaração do empresário às autoridades policiais, no dia 3 de junho de 2020, após ser preso durante a Operação Ragnarok, realizada pela Polícia Civil da Bahia.

Naquela ocasião, Carlos disse em depoimento que Dauster recebeu verba ilícita da contratação com a Hempcar, uma vez que nunca se mostrou interessado em resolver a situação da não entrega dos respiradores ao Consórcio Nordeste ou a devolução do dinheiro investido nos equipamentos.

O advogado do dono da Biogeoenergy pediu a absolvição do cliente, mas a juíza Silvia Lúcia Bonifácio Andrade Carvalho, da 6ª Vara Criminal da Comarca de Salvador, não acatou o pedido.

Irregularidades

A Hempcar recebeu quase R$ 48 milhões do Consórcio Nordeste, sendo que desse total R$ 10 milhões saiu dos cofres públicos da Bahia, para que importasse da China 300 respiradores para o tratamento de pacientes com Covid-19. Os equipamentos não foram entregues e a empresa contratou a nacional Biogeoenergy para a fabricação dos equipamentos.

O investimento foi de R$ 24 milhões e os respiradores entregues não foram aceitos pelo Consórcio depois que a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) informou que os equipamentos não possuíam registros. O restante do dinheiro também não foi devolvido aos estados nordestinos. Cristiana Taddeo, dona da Hempcar, e Carlos foram presos temporariamente, interrogados em Salvador e, em seguida, soltos.

Por Nilson Marinho/BNews

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