A ministra das Mulheres, Cida Gonçalves, foi denunciada por ex-servidoras por suposto assédio moral e xenofobia. As acusações, que incluem ameaças de demissão, tratamento hostil e cobranças com prazos curtos, foram enviadas à Controladoria-Geral da União (CGU) e à Comissão de Ética Pública. As denunciantes também apresentaram gravações e dossiês para fundamentar as queixas. As informações foram divulgadas pelo jornal Estadão.
Além da ministra, foram citadas a secretária-executiva Maria Helena Guarezi, a corregedora Dyleny Teixeira e a ex-diretora Carla Ramos.
Maria Helena foi acusada de racismo durante uma reunião, enquanto Carla Ramos teria gritado com subordinadas. Dyleny Teixeira foi apontada como omissa na apuração de denúncias de assédio. O caso iniciou após um desentendimento entre a ministra e a ex-secretária nacional de Articulação Institucional, Carmem Foro. Apesar das denúncias, Cida Gonçalves continua no cargo e mantém sua equipe.
A CGU informou que arquivou as denúncias contra as demais servidoras por falta de indícios, mas remeteu o caso da ministra à Comissão de Ética Pública, que mantém os processos em sigilo. O Ministério das Mulheres declarou que as acusações não possuem elementos concretos e ressaltou que os casos já foram objeto de matérias anteriores sem avanços nas investigações.
Esse é o segundo caso de denúncias de assédio contra ministros no governo Lula, após Silvio Almeida, ex-ministro dos Direitos Humanos, ter sido acusado de assédio moral e sexual. Ele foi demitido após acusações envolvendo a ministra Anielle Franco, apesar de negar as alegações. A situação de Cida Gonçalves segue sendo tratada com discrição no governo.
Por: Metro1