A Coreia do Norte lançou aproximadamente 350 balões contendo lixo em direção à Coreia do Sul, conforme informado pelas Forças Armadas sul-coreanas.
O Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas sul-coreanas detectou o quinto lançamento de balões no último mês nos céus da província de Gyeonggi, que circunda Seul e faz fronteira com o Norte.
De acordo com um comunicado das Forças Armadas sul-coreanas, cerca de 100 balões, carregando principalmente papel e outros tipos de resíduos, pousaram na região da capital. Até o momento, nenhum dos balões analisados continha substâncias tóxicas.
O exército sul-coreano alertou os cidadãos para não tocarem nos balões norte-coreanos e para informarem imediatamente a localização às autoridades militares e policiais.
Esses lançamentos ocorreram poucos dias após o líder norte-coreano, Kim Jong-un, e o presidente russo, Vladimir Putin, assinarem um acordo de defesa significativo, o que, segundo observadores, pode encorajar Kim a realizar mais provocações contra a Coreia do Sul.
O presidente sul-coreano, Yoon Suk-yeol, criticou o envio de balões pela Coreia do Norte e o acordo entre Moscou e Pyongyang, que inclui cooperação em tecnologia militar, chamando-os de “atos anacrônicos” que vão contra o progresso da história.
“Recentemente, a Coreia do Norte não hesitou em realizar provocações tão desprezíveis e irracionais, distribuindo balões com lixo”, disse o Chefe de Estado, conforme citado pela agência de notícias sul-coreana Yonhap.
Yoon assegurou que o exército “manterá uma postura firme para garantir que a Coreia do Norte não se atreva a desafiar a Coreia do Sul em qualquer circunstância e responderá de forma esmagadora e decisiva a qualquer provocação do Norte”.
Desde o final de maio, Pyongyang tem lançado uma série de balões contendo estrume, pontas de cigarro, trapos, pilhas gastas e plástico sobre várias áreas da Coreia do Sul. Não foram encontrados materiais altamente perigosos.
A Coreia do Norte justificou a campanha de balões como uma retaliação contra ativistas sul-coreanos que lançaram panfletos políticos críticos ao governo norte-coreano.
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