Criminosos incendiaram, na tarde desta segunda-feira (23), 29 ônibus na zona oeste da capital fluminense, segundo o Sindicato das Empresas de Ônibus da Cidade do Rio de Janeiro (Rio Ônibus). De acordo com o Centro de Operações Rio, há reflexos em pelo menos cinco bairros: Guaratiba, Inhoaíba, Paciência, Cosmos e Santa Cruz. Nessas localidades, as vias foram impactadas.
O Centro de Operações da prefeitura informou que o município do Rio entrou em estágio de mobilização às 16h50 desta segunda-feira, devido aos ataques a ônibus na zona oeste da cidade.
“Veículos foram incendiados em diversas vias da zona oeste do Rio. Diante disso, há impactos em vários bairros daquela área. O estágio de mobilização é o segundo nível em uma escala de cinco e significa que há riscos de ocorrências de alto impacto na cidade. Há possibilidade de nova mudança de estágio devido à chuva e/ou outros fatores”, diz o Centro de Operações.
A Mobi-Rio, empresa pública que opera o BRT, informou que, por questão de segurança, as linhas que circulam no corredor Transoeste foram suspensas temporariamente na tarde de hoje. Estão rodando apenas as linhas 22 (Jardim Oceânico x Alvorada); 13 (Mato Alto x Alvorada expresso) e 25 (Mato Alto x Alvorada parador). Um articulado da frota antiga foi incendiado. Houve tentativa de colocar fogo em um BRT da nova frota, mas o fogo foi apagado e o ônibus já está na garagem.
O governador do Rio, Cláudio Castro, parabenizou os policiais por prenderem o sobrinho e braço direito do miliciano Zinho, em Santa Cruz. “Hoje demos um duro golpe na maior milícia da zona oeste. Além do parentesco com o criminoso, ele atuava como ‘homem de guerra’ do grupo paramilitar, sendo o principal responsável pelas guerras por territórios que aterrorizam moradores no Rio”, escreveu Castro, na rede social X, antigo Twitter.
O prefeito do Rio, Eduardo Paes, também se pronunciou sobre os ônibus queimados na rede social X. “Quando o sujeito além de bandido é burro. Milicianos na zona oeste queimam ônibus públicos pagos com dinheiro do povo para protestar contra operação policial. Quem paga é o povo trabalhador. E para piorar, tivemos que interromper serviços de transporte na zona oeste para que não queimem mais ônibus. Ou seja, únicos prejudicados: moradores das áreas que eles dizem proteger! Essa gente precisa de uma resposta muito firme das forças policiais! Como prefeito, apelo ao Governo do Estado e ao Ministério da Justiça para que atuem para impedir que fatos assim se repitam”, disse Paes.
Agência Brasil