O Cerrado apresentou, pelo terceiro mês consecutivo, alta nos números do desmatamento. Em setembro, o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) registrou alertas para 679,77 km² do bioma. Este é o pior número da série histórica do Instituto para o período.
Os valores registrados também são 149% maiores do que setembro de 2022. Em 2023, em apenas três meses – janeiro, março e junho – os números caíram em relação ao ano anterior. Em todos os outros seis meses do ano houve alta.
Nas três primeiras posições do ranking de estados que mais desmataram estão Maranhão, com 155,6 km² de alertas, Bahia, com 90,5 km² e Tocantins (83,6 km²). Os três estados fazem parte da região conhecida como MATOPIBA, onde se concentra a fronteira do desmatamento no Cerrado.
Segundo nota do Governo Federal publicada no final da tarde desta sexta-feira (6), a falta de integração nos sistemas de autorização de desmatamento estadual e federal prejudica a fiscalização.
“O MMA está em diálogo com os Estados para aprimorar as ações de monitoramento e controle no bioma, tanto por parte dos órgãos ambientais quanto por financiadores das cadeias produtivas e compradores de commodities agrícolas, que podem ser corresponsabilizados pelo desmatamento ilegal”, diz nota do Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA).
O ECO