quinta-feira, dezembro 12, 2024

Dia Internacional de Combate à Violência contra a Mulher reforça a luta por direitos e segurança

No Dia Internacional de Combate à Violência contra a Mulher, celebrado nesta segunda-feira (25), a urgência em enfrentar a violência de gênero mobiliza ações ao redor do mundo. Instituída pela Organização Mundial das Nações Unidas (ONU), a data é um marco para a conscientização e o combate às diversas formas de violência que atingem mulheres diariamente.

No Brasil, a campanha ganha ainda mais relevância diante de números alarmantes. Em 2023, foram registradas 258.941 vítimas de violência, um aumento de 9,8% em relação ao ano anterior, segundo o Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP). Além disso, casos de violência psicológica e perseguição tiveram altas expressivas, destacando a necessidade de ações integradas para combater o problema.

Para a secretária da Mulher Trabalhadora e dos Direitos LGBTI+ da APP-Sindicato, Taís Adams, é essencial unir esforços para enfrentar a violência de gênero “Estamos em 2024 e ainda vivemos uma sociedade desigual, racista, machista e patriarcal. As violências sexuais, físicas, psicológicas, patrimoniais e morais ainda são naturalizadas. Políticas públicas são indispensáveis, mas a educação também é uma ferramenta poderosa para transformar a sociedade”, ressalta.

A dirigente aponta que a educação tem um papel transformador para desconstrução do machismo, do racismo e de outras discriminações. “O combate à violência contra a mulher é uma responsabilidade de todos e todas. Só com uma sociedade engajada conseguiremos erradicar essas violações”, observa Taís.

Dias de Ativismo

A data também marca o início dos “16 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra as Mulheres”, campanha global que conecta a luta contra a violência de gênero aos direitos humanos. Criada em 1991 pelo Centro para a Liderança Global das Mulheres (CWGL), a mobilização ocorre de 25 de novembro, Dia Internacional de Combate à Violência contra a Mulher, até 10 de dezembro, Dia Internacional dos Direitos Humanos, envolvendo cerca de 150 países.

Durante esse período, governos, organizações e indivíduos realizam ações de conscientização e debate sobre as diferentes formas de violência que atingem mulheres, enfatizando a urgência de políticas públicas e o engajamento coletivo.

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