quarta-feira, novembro 13, 2024

Em dez dias operação na região da Chapada Diamantina resgata quase mil animais silvestres

Uma força-tarefa conseguiu resgatar quase mil animais silvestres na Bahia, ao longo de dez dias. Denominada “Rotas da Fauna Chapada”, essa ação que reuniu órgãos estaduais e federais, entre os dias 30 de outubro e 08 de novembro, atuou nesse período na região da Chapada Diamantina, nos municípios de Morro do Chapéu, Mairi, Mundo Novo, Tapiramutá, Piritiba, Baixa Grande, Bonito e Utinga.

Dos 965 animais silvestres, mais de 800 foram considerados aptos e reintroduzidos à natureza, conforme informou o Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Inema), que deflagrou a operação, juntamente com a Polícia Rodoviária Federal (PRF) e a Companhia Independente de Polícia de Proteção Ambiental (CIPPA). Além das apreensões, a força-tarefa também destruiu 1.348 gaiolas utilizadas como cativeiros. Além disso, os agentes flagraram uma rinha, onde 51 galos sofriam maus-tratos.

“Essa operação está alinhada com as ações realizadas de atendimento às denúncias e fiscalização preventiva, coibindo crimes de caça e criação ilegal de animais silvestres. A cada animal resgatado e solto estamos contribuindo para a conservação dos ecossistemas nesta região de rica biodiversidade, esse é um compromisso que deve ser adotado por toda a sociedade, seja no respeito à vida silvestre ou no ato de denunciar as ilegalidades”, detalhou o técnico de fiscalização do Inema, Ricardo Chaves.

Ainda segundo o Inema, a operação resultou em autos de Infração de multas que serão emitidos pelo Instituto para responsabilizar os infratores, após a finalização dos trâmites legais, já que também foram assinados 200 Termos Circunstanciados de Ocorrência (TCO), emitidos pela PRF.

Os 98 animais que apresentavam estado clínico debilitado foram encaminhados ao Centro Estadual de Triagem de Animais Silvestres (Cetas) do Inema. “Assim que chegaram, realizamos uma triagem onde alguns não apresentavam condições necessárias para retorno imediato ao ambiente natural, por isso foram encaminhadas ao Cetas. É preciso uma avaliação criteriosa de suas condições físicas e de saúde, para que seja aplicado o tratamento ideal para cada indivíduo”, explicou o veterinário do Cetas/ Inema, Paulo Bahiano.

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