quinta-feira, outubro 16, 2025

Empresário e político é preso por esquema bilionário de adulteração de combustíveis

Natural de Iaçu, Jau concorreu ao cargo de prefeito do município em 2020 e foi agraciado com o título de cidadão feirense em 2022

O empresário Jailson Couto Ribeiro, conhecido como Jau Ribeiro, foi preso na manhã desta quinta-feira (16) em Feira de Santana, durante a Operação Primus, deflagrada pela Polícia Civil da Bahia. Natural de Iaçu, Jau concorreu ao cargo de prefeito do município em 2020 e foi agraciado com o título de cidadão feirense em 2022, sendo atualmente radicado em Feira de Santana.

A operação, conduzida pelo Draco (Departamento de Repressão e Combate à Corrupção, ao Crime Organizado e à Lavagem de Dinheiro), tem como objetivo desarticular uma liderança criminosa que atua no setor de combustíveis. Segundo as investigações, o grupo é suspeito de adulterar e comercializar combustíveis de forma irregular, utilizando a atividade empresarial como meio para ocultar patrimônio e lavar dinheiro.

De acordo com a Polícia Civil, sete pessoas foram presas na ação, que ocorreu em oito municípios baianos entre eles Feira de Santana, Conceição do Jacuípe, Alagoinhas, Morro do Chapéu, Itaberaba e Iaçu, e também nos estados de São Paulo e Rio de Janeiro.

Durante as diligências, foram apreendidas armas de grosso calibre, incluindo três pistolas e uma submetralhadora, além de munições, carregadores e cerca de 10 veículos de luxo. O Draco também identificou 200 postos de combustíveis suspeitos de ligação com o grupo e solicitou à Justiça o bloqueio de R$ 6,5 bilhões em bens e valores pertencentes aos investigados.

As apurações indicam que a organização mantinha conexões com um grupo criminoso originário de São Paulo, o que ampliava o alcance e a complexidade das operações financeiras.

A Operação Primus mobilizou mais de 170 policiais civis, com apoio de diversos departamentos especializados, como o Deic, Denarc, DHPP, Depom, Depin, Dip, Polinter e COPJ, além da Sefaz (Secretaria da Fazenda da Bahia) e da ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis).

A Polícia Civil segue com as investigações para identificar novos envolvidos e ampliar o rastreamento dos recursos ilícitos movimentados pela organização.

Fonte: De Olho na Cidade

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