A presidente da Câmara Municipal, Eremita Mota (PSDB), em entrevista ao Acorda Cidade na manhã desta terça-feira (31), apontou que na Casa da Cidadania há a existência de supersalários de servidores efetivos.
Segundo ela, os salários variam de 20 a 50 mil reais e ela está fazendo um ‘pente fino’ para investigar essas questões.
Estão sendo realizadas auditorias e por esse motivo, houve o atraso no pagamento dos servidores. De acordo com a presidente, é necessário uma investigação para esclarecer estas práticas na Câmara.
O diretor da Associação dos Servidores da Câmara, Edson de Oliveira Matos, declarou que os valores recebidos por alguns servidores não se referem a salários mensais, mas sim a acúmulos de benefícios atrasados, que são recebidos em determinado período e geram esse montante elevado.
“O servidor da Câmara com 35 anos de serviço recebe um salário de R$ 5.382, que é o maior salário. Agora, o que ocorre é que muitas vezes a gente recebe abono pecuniário da licença-prêmio, décimo terceiro, férias, abono das férias, e às vezes isso vem de forma acumulada, que pode chegar a um montante maior, que não chega a R$ 50 mil. Então é bom que isso seja esclarecido, para que a população não pense que na Câmara tem servidor com salário de R$ 50 mil. São acúmulos de remuneração, isso gera esse aumento no salário do servidor, e ocorre geralmente no mês de dezembro, às vezes a gente vem de 10 dias de férias e tem a licença-prêmio que a gente recebe dois meses ou três”, justificou Edson Matos.
De acordo com Eremita Mota, a equipe detectou que existem acúmulos indevidos.
“Estes é que são o X da questão. Por exemplo, uma pessoa entra na Câmara como telefonista, nunca houve, não encontramos nenhum projeto, nenhuma mudança, nenhum concurso, nenhum tipo de mudança para justificar a pessoa chegar a um salário de R$ 30 mil, R$ 25 mil, e desse acúmulo também de R$ 50 mil. São essas progressões que estão em questão”, complementou.
Acorda Cidade – Foto: Mario Neto / ASCOM-CMFS