sábado, novembro 23, 2024

Estudantes da Uefs deflagram greve por tempo indeterminado

Estudantes da Universidade Estadual de Feira de Santana (Uefs), que vinham fazendo protestos reivindicando melhorias na estrutura especialmente nos cursos de saúde e também contra a falta de professores, deflagraram greve por tempo indeterminado. A decisão foi tomada em assembleia geral realizada na noite desta sexta-feira (6) no campus.

Mais de 1.700 estudantes participaram. Foram 806 votos a favor da greve e 700 contra, além das 15 abstenções.

A a mobilização para a greve começou com os estudantes de medicina e, posteriormente, recebeu apoio de estudantes de outros curso.

Os principais pontos discutidos durante a assembleia, conforme informações obtidas pelo Acorda Cidade sobre o encontro, incluíram a demanda por 7% da receita líquida do estado para as universidades, a manutenção dos serviços básicos, o pagamento das bolsas de estudo (desmentindo rumores de que elas não seriam pagas), e a necessidade de uma greve como forma de pressionar o governo a atender às reivindicações dos estudantes.

Os estudantes informaram que outras universidades estaduais da Bahia, como a Uesf, Uneb e Uesb, também estavam discutindo greves ou apoio à mobilização.

Durante a assembleia geral histórica, vários docentes expuseram suas opiniões. Alguns expressando apoio à greve, destacando problemas como a falta de professores, laboratórios precários e assédio, segundo eles, por parte de docentes. Outros estudantes expressaram preocupação com os possíveis impactos negativos de uma greve em seu calendário acadêmico e pediram alternativas à paralisação.

Durante o movimento paredista estão previstos vários atos, inclusive panfletagem para informar a comunidade os motivos do protesto.

A Associação dos professores (Adufs), declararou apoio aos docentes. Em nota a associação destacou a problemática apresentada inicialmente pelos estudantes do curso de Medicina, relacionada com a ausência de professores que não é situação nova para a instituição, pois, no mês passado, estudantes de diversos cursos denunciaram a mesma situação.

“Soma-se a isso, as inúmeras situações decorrentes da infraestrutura de laboratórios, a condição do Restaurante Universitário e a mobilidade acadêmica, além do descaso com a política de permanência estudantil, no tocante a atualização do valor das bolsas de pesquisa e do percentual destinado na Receita Líquida de Impostos (RLI) para a rubrica”, diz a nota.

Com informações da jornalista Andrea Trindade do Acorda Cidade – Foto: Mairan Reis

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