sábado, setembro 7, 2024

Feira de Santana registra surto de catapora com mais de 100% casos registrados comparados ao ano de 2022

Feira de Santana está registrando um surto de Varicela doença popularmente conhecida como catapora. O vírus transmissor desta doença é o Varicela Zoster que se manifesta principalmente em crianças. A principal característica da catapora é o surgimento de lesões na pele acompanhadas de coceira.

No ano de 2022, na cidade, de janeiro a dezembro, houve uma subnotificação de 55 casos. Este ano, até a presente data, de acordo com a Vigilância Epidemiológica, já são 149 casos registrados. A enfermeira referência em catapora, Sandra Ribeiro, em entrevista ao Acorda Cidade deu outros detalhes sobre a doença e o que vem sendo feito pelo município para conter o avanço do vírus.

Foto: Ney Silva/Acorda Cidade

“A varicela, popularmente chamada como catapora é uma infecção viral aguda, altamente transmissível, caracterizada pela presença de febre, dor no corpo, pontos vermelhos que tomam a forma de bolhas que ao secarem transformam-se em feridas secas, que as pessoas costumam chamar de crostas. Os riscos são maiores para as pessoas imunodeprimidas e estamos trabalhando com a vacinação. Porém estamos com uma escassez dessa vacina e estamos solicitando ao Ministério da Saúde. Na medida do possível está chegando”, afirmou.

De acordo com Sandra, a doença pode acometer adultos e crianças e a faixa etária que a doença mais se apresenta é entre 10 a 14 anos, e é importante que os pais façam a atualização do cartão vacinal de seus filhos. O alerta maior é para bebês menores de 9 meses de vida, gestantes e os pacientes imunodeprimidos.

De acordo com a enfermeira, os casos são notificados quando as informações chegam através das unidades de saúde públicas e particulares. A Vigilância Epidemiológica notifica, faz o monitoramento e orienta os pacientes. Se necessário encaminhando-os para o atendimento com o infectologista.

“Existe um surto de catapora e a gente sabe que é o período sazonal e todo ano com esse período os casos tendem a aumentar. Em 2022 foram 55 casos e este ano 149 casos. Por conta deste surto, fazemos o monitoramento através dessa notificação e vamos fazendo o rastreamento”, acrescentou.

Sandra Ribeiro explicou que o Ministério da Saúde preconiza que o isolamento para as pessoas que têm catapora seja de 10 dias. O vírus fica incubado no organismo de 6 a 21 dias e o isolamento deve iniciar desde o início dos sintomas.

“Quando a lesão estiver em crosta, os pacientes já podem sair do isolamento que não estão mais contaminando”, relatou.

Ela salientou que a Secretaria Municipal de Saúde realiza o bloqueio vacinal em locais de longa permanência como hospitais, escolas e creches, ondem há o registro de casos.

Com informações do repórter Ney Silva do Acorda Cidade

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