sábado, novembro 9, 2024

Hezbollah reivindica oito ataques com foguetes e mísseis contra Israel

O movimento libanês indicou, através de vários comunicados, que os seus combatentes lançaram durante a madrugada de hoje uma série de projéteis contra “concentrações de soldados” e posições do “inimigo israelita” em Kfar Giladi, Honin, Al-Jardah, Zarit e Melia.

Os “‘mujahideen’ [combatentes] da Resistência Islâmica” atacaram também com mísseis “uma escavadora militar sionista que tentava abandonar as proximidades do sítio de Ramya”, referiu o grupo xiita.

Outro ataque com uma série de mísseis teve como alvo “uma fábrica de materiais explosivos” numa base militar em Haifa, no norte de Israel, assegurou o Hezbollah, reiterando que estes lançamentos são “em apoio ao povo palestiniano em Gaza e em defesa do Líbano e do seu povo”.

Entretanto, os ataques aéreos israelitas continuam contra cidades no sul do Líbano, onde um edifício de três andares “foi completamente destruído” em Kawthariya al-Siyad, em Tiro, segundo a agência nacional de notícias libanesa NNA, que não reportou vítimas.

Israel e o Hezbollah enfrentam-se há um ano numa divisão, um confronto que nas últimas semanas atingiu outro nível com uma intensa campanha de bombardeamentos israelitas contra o Líbano, incluindo Beirute, que já provocou mais de 2.200 mortos e 1,2 milhões de deslocados.

O Irão instou a ONU a condenar o ataque israelita a um hospital de campanha do Crescente Vermelho iraniano, na fronteira entre o Líbano e a Síria, na quarta-feira, classificando-o como uma “crime de guerra”.

“A República Islâmica do Irão solicita ao Conselho de Segurança que condene da forma mais forte possível este crime hediondo”, afirmou o embaixador permanente iraniano na ONU, Amir Saeid Iravani, segundo a agência de notícias IRNA.

“O Conselho de Segurança deve cumprir o seu dever de proteger os civis, os trabalhadores de ajuda humanitária e as instalações médicas”, disse Iravani, que classificou o ataque ao hospital de campanha como uma “clara violação do direito humanitário internacional” e um “crime de guerra indiscutível”.

O embaixador do Irão na ONU disse que esta instalação humanitária iraniana foi estabelecida na fronteira entre o Líbano e a Síria, depois de informar a Cruz Vermelha Internacional, “a fim de prestar ajuda vital aos civis libaneses deslocados e às vítimas dos bombardeamentos israelitas”.

O Irã é um dos principais aliados do Hezbollah e lidera também o chamado Eixo da Resistência, uma aliança anti-Israel formada pela milícia libanesa, pelo grupo islamita palestiniano Hamas e pelos rebeldes Huthis do Iêmen, entre outros.

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