segunda-feira, outubro 14, 2024

Incêndios em Portugal que deixaram um brasileiro morto

Portugal enfrenta uma onda destrutiva de incêndios florestais, especialmente na região Norte, que se intensificou nos últimos dias. Na segunda-feira (16/09), a situação se agravou na região de Aveiro, onde vários focos continuam ativos. Um brasileiro de 28 anos perdeu a vida de forma trágica, após ser carbonizado em um incêndio na localidade de Sobreiro, em Albergaria-a-Velha. Segundo a Guarda Nacional Republicana (GNR), o corpo foi encontrado por volta das 15h30, mas sua identidade ainda não foi divulgada.

As imagens que chegam de todo o país mostram o céu encoberto pela fumaça, grandes labaredas e o caos nas áreas afetadas. Desde domingo (15), o número de mortos subiu para quatro. Além do brasileiro, uma idosa faleceu devido a uma doença súbita enquanto sua casa estava cercada pelas chamas em Almeidinha, Mangualde. Houve também o registro de uma morte por ataque cardíaco relacionado aos incêndios, além da perda de um bombeiro que, na noite de domingo, faleceu após sofrer uma doença súbita enquanto combatia o fogo em Oliveira de Azeméis.

De acordo com a Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil, no balanço das 1h30 desta terça-feira, 33 bombeiros ficaram feridos durante o combate às chamas, além de civis que sofreram queimaduras ou foram afetados pela inalação de fumaça.

Até a madrugada, pelo menos 27 focos de incêndio ainda permaneciam ativos em Portugal continental. A estimativa é de que mais de 10 mil hectares já tenham sido destruídos, principalmente na Área Metropolitana do Porto e na região de Aveiro. As chamas avançaram significativamente sobre os distritos do Porto (Gondomar), Braga (Cabeceiras de Basto), Viseu (Penalva do Castelo e Nelas) e Castelo Branco (Louriçal do Campo), com os maiores focos localizados em Aveiro, nas áreas de Oliveira de Azeméis, Sever do Vouga, Albergaria-a-Velha e Águeda.

Diante da gravidade da situação e das previsões meteorológicas desfavoráveis, o governo estendeu o estado de alerta até quinta-feira (19) e anunciou a criação de uma equipe multidisciplinar para gerenciar os impactos dos incêndios. A equipe, coordenada pelo ministro Adjunto e da Coesão Territorial, Manuel Castro Almeida, terá sede em Aveiro.

O país segue em alerta máximo, enquanto bombeiros e autoridades trabalham incansavelmente para conter as chamas.

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