A gestão municipal de Baixa Grande, Bahia, enfrenta uma grave crise na administração dos recursos de saúde devido à falta de atualização no sistema InvestSUS, essencial para o recebimento da assistência financeira complementar ao Piso Nacional da Enfermagem. A omissão tem comprometido o repasse de verbas fundamentais destinadas à saúde no município.
De acordo com o Ministério da Saúde, o sistema InvestSUS é aberto todo dia 1º e fecha no dia 15 de cada mês, período em que o município deve informar a quantidade e os dados dos profissionais de saúde ativos. A ausência de informações no sistema leva o Ministério a entender que não há profissionais aptos no município, resultando na suspensão dos repasses financeiros complementares, conforme estabelecido pela Portaria nº 1.677/2023.
Dados recentes apontam que Baixa Grande já perdeu consideráveis recursos financeiros devido a essa negligência. Entre eles, destaca-se o não recebimento da assistência financeira complementar destinada ao pagamento do piso salarial dos profissionais da enfermagem, repasse obrigatório e regulamentado pelo governo federal.
A gestão municipal, liderada pelo atual prefeito Canário, natural de Ipirá e considerado um “filho adotivo” de Baixa Grande, tem sido alvo de críticas pela falta de organização e responsabilidade em relação à atualização dos dados no sistema. Profissionais da enfermagem, que aguardam ansiosamente pelo cumprimento da Lei do Piso, podem ser diretamente prejudicados pela ineficiência da administração.
A falta de transparência e planejamento é evidenciada pela perda de recursos que poderiam fortalecer a saúde pública local, impactando negativamente a qualidade dos serviços oferecidos à população. É imprescindível que a gestão tome medidas imediatas para corrigir essas falhas, garantindo o cumprimento das exigências legais e evitando prejuízos maiores à comunidade.
A situação levanta uma questão crucial: por que uma gestão eleita para servir à população permite que recursos vitais sejam desperdiçados por pura falta de competência? Fica o apelo para que o governo municipal assuma sua responsabilidade, priorizando a saúde pública e os direitos dos profissionais da área.
Por: Baixa Grande Na Tela – Imagem de divulgação
