Na madrugada de sexta-feira (13), noite de quinta-feira (12) no horário de Brasília, as Forças de Defesa de Israel bombardearam infraestruturas nucleares no Irã, em um ataque que intensificou as tensões entre os dois países. Segundo a TV estatal iraniana, o chefe da Guarda Revolucionária, Hossein Salami, e o chefe das Forças Armadas, Mohammad Bagheri, foram mortos nos ataques, juntamente com dois cientistas nucleares. O líder supremo do Irã, aiatolá Ali Khamenei, prometeu uma resposta imediata.
De acordo com um comunicado das Forças de Defesa de Israel, a operação atingiu dezenas de alvos militares e nucleares em diversas regiões do Irã. O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, afirmou que a ação é parte de uma estratégia para impedir que o Irã desenvolva uma arma nuclear. “Estamos em um momento decisivo na história de Israel”, declarou Netanyahu em um pronunciamento gravado previamente. Ele destacou que o principal alvo foi a usina de Natanz, centro do programa de enriquecimento de urânio iraniano, e que os ataques continuarão enquanto forem necessários.
Em resposta, o Irã acusou Israel de atingir áreas residenciais e declarou uma reunião de emergência em Teerã. Voos no aeroporto da capital foram suspensos, e um porta-voz militar iraniano afirmou que “Israel e os Estados Unidos pagarão caro pela operação”. Segundo Tel Aviv, o Irã lançou mais de 100 drones contra o território israelense, o que levou as autoridades a orientarem a população a permanecer em abrigos.
Os Estados Unidos confirmaram que foram informados previamente sobre a operação israelense, mas negaram qualquer envolvimento direto. O contexto do ataque ocorre em meio a crescentes tensões relacionadas ao programa nuclear iraniano, que, segundo autoridades israelenses, está próximo de viabilizar uma arma nuclear. A AIEA, agência da ONU, recentemente censurou o Irã por avanços em seu programa de enriquecimento de urânio, desafiando exigências internacionais de não proliferação.
Paralelamente, os Estados Unidos esvaziaram embaixadas em regiões do Oriente Médio, antecipando possíveis distúrbios na região. A postura americana sobre um eventual acordo nuclear com o Irã tem oscilado, com o presidente Donald Trump demonstrando pessimismo nos últimos dias. Enquanto isso, o Irã anunciou a ativação de uma nova instalação de enriquecimento de urânio, intensificando os desafios para a diplomacia internacional.
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