A primeira-dama, Janja, é vista como um problema para o governo. De acordo com o jornal O Estado de S. Paulo, em reportagem publicada neste domingo, 18, a socióloga tem poder de veto no Palácio do Planalto.
A primeira-dama Janja interfere no governo do marido Lula (PT) de maneira que vem provocando insatisfação, sobretudo em áreas como economia, segurança pública e publicidade.
Instalada em uma sala ao lado do gabinete do presidente, no terceiro andar do Palácio do Planalto, ela define até quem deve ou não ser recebido pelo marido e até a duração da audiência.
De acordo com reportagem do jornal O Estado de S. Paulo, publicada neste domingo (18), Janja dá palpites sobre os mais variados assuntos, incluindo relações com os militares, e veta o agendamento de reuniões de Lula com deputados e senadores.
Muito embora ela não exerça cago público com prerrogativas de decisão, passa pelo crivo da primeira-dama até mesmo a propaganda oficial: só se divulga o que ela aprova.
O jornal cita o ministro da Casa Civil, Rui Costa, como um dos principais insatisfeitos com Janja, a quem ele atribui o papel de prejudicar a articulação política do governo. Revelando-se preconceituosa em relação aos militares, ela tratou cm rispidez até mesmo o afável ministro da Defesa, José Múcio, que ela acusou diante de outras autoridades de “não proteger” o marido.
Além das interferências no governo sem exercer qualquer cargo, o que em princípio seria ilegal, Janja é acusada de demonstrar deslumbramento como primeira-dama, ao exibir bolsa da marca francesa Cèline, avaliada em R$21.800, até a insensibilidade de se deixar fotografar e filmar se esbaldando no carnaval de Salvador, enquanto contavam-se os mortos nas enchentes de São Paulo.
Diário do Poder