A taxa baiana está bem abaixo da média nacional, que gira em torno de 315 presos por 100 mil habitantes. O documento ressalta que índices reduzidos como o da Bahia podem refletir fatores como a menor capacidade prisional, maior utilização de medidas penais alternativas ou diferenças nos métodos de registro e execução penal.
Comparação com outros estados
Enquanto a Bahia aparece na extremidade inferior do ranking, estados como Acre (613,31 presos por 100 mil habitantes), Espírito Santo (587,91), Mato Grosso do Sul (569,73) e Distrito Federal (540,70) apresentaram os índices mais altos de encarceramento proporcional no país.
Em números absolutos, São Paulo segue liderando com a maior população carcerária do Brasil: 205.984 presos. Isso representa quase um terço do total nacional. A taxa paulista, de 448,05 presos por 100 mil habitantes, também supera de forma expressiva a média nacional.
Retrato do Nordeste
Segundo o Bahia Notícias, a posição da Bahia também se destaca quando comparada aos seus vizinhos da região Nordeste. Todos os outros estados nordestinos apresentam taxas de encarceramento superiores à baiana, embora a maioria também se mantenha abaixo da média nacional.
As taxas na região são as seguintes:
- Alagoas: 162,73 por 100 mil habitantes;
- Maranhão: 167,49 por 100 mil habitantes;
- Piauí: 213,23 por 100 mil habitantes;
- Rio Grande do Norte:** 215,32 por 100 mil habitantes;
- Ceará: 241,46 por 100 mil habitantes;
- Sergipe: 263,37 por 100 mil habitantes;
- Paraíba: 299,39 por 100 mil habitantes;
- Pernambuco: 303,84 por 100 mil habitantes.
Estados do Norte e Nordeste apresentaram, no levantamento, taxas de encarceramento mais baixas que os do Sul e Sudeste. De acordo com o relatório, essa diferença pode estar relacionada ao porte populacional, à estrutura do sistema prisional e também a fatores socioeconômicos e às políticas de segurança e atuação do judiciário em cada estado.
Acorda Cidade – Foto: Nucom SEAP/BA