quinta-feira, dezembro 12, 2024

Lixões ainda são realidade de 7 em cada 10 municípios baianos, segundo pesquisa do IBGE

A Bahia ainda enfrenta dificuldades na gestão de resíduos sólidos, segundo os dados da Pesquisa de Informações Básicas Municipais 2023, divulgados nesta quinta-feira (28) pelo IBGE. A pesquisa revela que, no ano passado, 7 em cada 10 municípios baianos ainda utilizavam lixões para o descarte do lixo, enquanto apenas 4 em cada 10 realizavam coleta seletiva — um número bem abaixo da média nacional de 60,4%.

Ainda de acordo com o levantamento, 312 cidades baianas mantinham lixões, enquanto apenas 58 tinham aterros sanitários, que são a solução mais segura para o meio ambiente e para a saúde da população. A pesquisa também aponta que a coleta seletiva era feita em apenas 155 municípios do estado, o que representa 37,2% do total — um índice bem abaixo da média nacional.

Em contrapartida, a coleta de resíduos sólidos especiais, como os materiais perigosos, estava presente em 80,8% dos municípios baianos, o que é um bom número, alinhado à média nacional.

Outro ponto destacado pela pesquisa é que, embora todos os municípios da Bahia ofereçam algum tipo de serviço de limpeza urbana, apenas 26,6% tinham políticas municipais de gestão de resíduos sólidos, ou seja, um número bem pequeno adota soluções mais completas e integradas para o manejo desses resíduos.

A pesquisa também trouxe à tona as boas práticas em algumas cidades. Apenas dois municípios baianos se destacaram como modelos de gestão de resíduos sólidos: Feira de Santana e Cruz das Almas. Esses municípios têm políticas completas de gestão, incluindo coleta seletiva, coleta de resíduos especiais e programas de educação ambiental.

Por outro lado, 27 municípios baianos apresentaram uma gestão precária de resíduos, sem políticas adequadas, coleta seletiva ou aterros sanitários, e ainda mantêm lixões. Esses dados colocam a Bahia como o segundo estado com mais municípios em situação precária, atrás apenas do Maranhão.

Por fim, a pesquisa também apontou que 93% dos municípios baianos ofereciam algum serviço de drenagem de águas pluviais, um número um pouco abaixo da média nacional (96%).

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