sábado, novembro 23, 2024

México e EUA preparam-se para impacto “catastrófico” do furacão Hilary

Uma pessoa afogou-se nesse sábado, na costa leste da península de Baja California, no noroeste do México, quando um veículo foi arrastado pelas águas que inundaram as ruas da cidade de Santa Rosália.

Dezenas de pessoas buscaram refúgio em abrigos contra tempestades em Los Cabos, no extremo sul da península de Baja California, e os bombeiros resgataram uma família em San Jose del Cabo depois de uma estância turística ter sido atingida por fortes chuvas e ventos.

O Hilary, originalmente classificado como um furacão de categoria 4, a segunda mais forte, foi, entretanto, revisto para a categoria 2.

“Isso não diminui a ameaça, especialmente a ameaça de inundação”, disse o vice-diretor do Centro Nacional de Furacões dos EUA, Jamie Rhome.

Os meteorologistas alertaram que o Hilary poderia despejar no sul da Califórnia e no sul do estado vizinho de Nevada até 250 milímetros de chuva, o equivalente a um ano de chuva para algumas áreas.

A tempestade, com rajadas de vento de até 155 quilômetros por hora, pode também provocar ondas de até 12 metros de altura ao longo da costa do Pacífico.

Este deve ser o primeiro furacão a atingir o sul da Califórnia em 84 anos, com as autoridades alertando para a possibilidade de inundações repentinas, deslizamentos de terra, tornados isolados, ventos fortes e cortes no fornecimento de energia.

A Marinha dos EUA enviou cerca de 10 navios de guerra para garantir a segurança dos navios obrigados a permanecer no porto de San Diego. É a primeira vez que a marinha norte-americana realiza uma operação deste tipo em San Diego.

O governador da Califórnia, Gavin Newsom, declarou o estado de emergência e as autoridades pediram às pessoas que se preparassem para a chegada do Hilary até o pôr do sol de sábado, previsto para as 19:30.

As autoridades emitiram um alerta de evacuação para a ilha de Santa Catalina, a 37 quilômetros da costa sul da Califórnia, um conhecido destino turístico.

Na cidade de Tijuana, no norte do México, o chefe do corpo de bombeiros, Rafael Carrillo, pediu aos moradores em encostas íngremes que abandonem as casas “se ouvirem barulhos ou [virem] fendas no solo”, porque podem desabar.

A cidade de 1,9 milhões de pessoas, que faz fronteira com os EUA, ordenou no sábado o encerramento de todas as praias e montou vários abrigos contra tempestades em complexos desportivos e edifícios do governo.

A marinha do México evacuou 850 pessoas das ilhas da costa de Baja California e destacou quase três mil soldados para operações de emergência.

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