domingo, abril 13, 2025

Ministro de Lula pede demissão após denúncia sobre desvio de dinheiro

O governo Lula teve mais uma baixa na terça-feira, 8/4, uma vez que o ministro das Comunicações, Juscelino Filho, formalizou o seu pedido de demissão, após ter o nome denunciado pela PGR (Procuradoria-Geral da República) em supostos esquemas de desvios de dinheiro público em emendas parlamentares. Antes, Sílvio Almeida pediu demissão por acusação de assédio sexual contra uma ministra.

No caso, as acusações são de quando o agora ex-ministro de Lula ainda exercia o cargo de deputado federal, pelo partido União Brasil, representando eleitores do Maranhão. Juscelino Filho é base de apoio do presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva (PT) desde o início do terceiro mandato do petista em janeiro de 2023.

Em carta aberta divulgada no início da noite, o parlamentar maranhense pelo União Brasil disse que pediu exoneração para preservar o projeto do governo federal e se concentrar em sua própria defesa.

A decisão de sair agora também é um gesto de respeito ao governo e ao povo brasileiro. Preciso me dedicar à minha defesa, com serenidade e firmeza, porque sei que a verdade há de prevalecer. As acusações que me atingem são infundadas, e confio plenamente nas instituições do nosso país, especialmente no Supremo Tribunal Federal, para que isso fique claro. A justiça virá!”, escreveu.

O ex-ministro de Lula poderá ser condenado ou absolvido da denúncia de desvio de dinheiro público, mas é preciso que a Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) decida se a acusação deve virar uma ação penal, tornado Juscelino Filho réu. O mesmo afirma que voltará ao seu cargo na Câmara dos Deputados.

Todavia, ainda não há prazo definido para o julgamento final do caso, que ainda terá uma nova fase no processo, em que testemunhas serão ouvidas e eventuais novas provas poderão ter apreciação da Corte. O nome do substituto de Juscelino Filho no Ministério das Comunicações ainda não foi informado pelo Palácio do Planalto.

Bahia On – Foto: Joédson Alves / Agência Brasil

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