“Eu sou um defensor de que a autoescola deve continuar existindo, até porque vai continuar existindo, porque categoria C, D e E ainda é obrigatório as aulas práticas por autoescola. São 10h que vão continuar sendo exigidas. O que o governo fez foi diminuir as 20h, que é o que a pessoa precisa para aprender a dirigir, no mínimo, e muitos ainda ficam despreparados com o alto índice de reprovação que existe na nossa prova prática”, disse.
Joelton acredita que a flexibilização, no entanto, tem como foco principal facilitar o acesso à habilitação para pessoas que não possuem CNH, muitas vezes por falta de condições financeiras. Apesar disso, o coordenador alerta que permitir apenas duas horas obrigatórias de aula prática pode elevar o número de reprovações, já que o exame exige preparo técnico e emocional.
“Não acredito que traga muita mudança. O que está hoje em dia é esse oba-oba de que vai acabar a obrigatoriedade da autoescola, mas pontualmente irá passar quem estiver sabendo dirigir. Então, eu não acredito que cause impacto no trânsito por causa disso. O que deve aumentar é a pessoa que se sentir preparada e não estiver. Deve aumentar o índice de reprovação na prova prática”, disse Joelton.
Outro ponto destacado pelo coordenador da 3ª Ciretran é a atualização nos critérios da prova prática. O número de pontos para a eliminação do candidato passou de sete para dez. O Detran aguarda a divulgação das novas diretrizes, que irão detalhar faltas eliminatórias, graves, médias e leves.
Como orientação final, Joelton reforçou que os candidatos não devem buscar atalhos. A recomendação é estudar o conteúdo teórico, preparar-se adequadamente para as provas e realizar quantas aulas práticas forem necessárias. Caso o candidato não se sinta seguro, a indicação é procurar uma autoescola ou trocar de instrutor.
“Se você achar que está pronto, tome suas duas aulas, que são obrigatórias, com instrutor, com autoescola, como seja, mas eu acredito que a maioria não vai estar pronta para encarar o exame prático, até porque o exame prático não é só as regras que são exigidas ali, demanda uma série de coisas. A pessoa fica nervosa”, disse.
Com informações do repórter Ed Santos, do Acorda Cidade