Com os festejos do São João se aproximando, não podem faltar os tradicionais fogos de artifício que brilham ainda mais a festa. Desde a semana passada, em Feira de Santana, os comerciantes do produto estão sendo vistoriados por diversos órgãos para trazer segurança do que está sendo vendido e como está sendo comercializado. Um dos locais mais importantes da revenda dos fogos é no Parque João Martins da Silva, que por três anos serviu como ponto de venda.
Nesta semana, a empresa Aladin de Mara Rúbia, foi autorizada a comercializar no Parque de Exposições, local que não estava mais permitido a venda por parte da prefeitura municipal. Há mais de 20 anos ela trabalha com o produto, uma paixão que começou em 1968, pelas mãos do seu sogro e que, hoje, traz a renda da família.
Com tudo organizado para receber os clientes até o São João, a proprietária explicou ao Acorda Cidade, que o atendimento vai funcionar das 6h às 19h, até o dia 30 de junho. O movimento já está intenso desde já.
Ela também trouxe recomendações para a clientela brincar em segurança e apresentou as novidades deste ano.
“Os fogos são estabelecidos pela classe A, B e C. ‘A’ é aquela que qualquer criança pode tocar, que é aqueles trackzinho que chama track de massa. A partir de sete anos já tem aquele outro estalinho, as outras coisas só para os adolescentes”, explicou.
Para os pais que buscam algo diferente para os seus filhos, mas não é dentro da faixa etária, a recomendação é de que eles mesmos manuseiam os fogos de artifício para a segurança de todos.
“Eles podem levar desde quando seja eles que toquem para a criança ver. Mas na realidade crianças de cinco, sete anos, a única coisa que pode usar sozinho é o track de massa”.
Segundo Mara, por uma falta de conhecimento, as pessoas não procuram os fogos pela classificação, mas sim pela média de idade. Uma criança de sete anos, por exemplo, não é indicado que toque o ‘vulcão’, a recomendação é que um adulto ascenda e fique próximo das crianças na hora de tocar o artifício.
“Geralmente, quando se tem cinco anos, sete anos não. Para tocar sozinho, só o track de massa. Vai ter que acompanhar o seu filho, a sua filha, mas é o pai que vai usar. A criança só vai assistir. Uma criança de cinco, sete anos não tem noção de fogo. Então, só o adulto pode usar aquilo ali”, disse.
Na classe B entram os fogos como bombinhas, os vulcões e as abelhinhas. Categoria C são para os foguetes e que girândolas. Segundo Mara Rúbia, os vendedores são treinados, mas há uma parcela que são experientes na venda dos fogos.
“Esse ano eu estou com o número de vendedores reduzido porque estou só com vendedores que já trabalharam há muitos anos. Esses vendedores já foram treinados outras vezes. Então eles já possuem o conhecimento de idade, o que usar, como indicar o uso dos produtos. Então esse ano eu vou estar com o número reduzido de vendedores, porque eu não tive condição nem tempo hábil para ensinar”, afirmou.
Os produtos comercializados pela empresa vêm de cidades de Minas Gerais que já são referências na produção. Fogos como a cobrinha não estão sendo mais vendidos porque era muito perigoso para a faixa etária indicada.
“Cobrinha não existe mais, porque ela, inclusive, corria, às vezes queimava, porque como ele saía correndo, às vezes caía dentro de roupa, então aquilo ali não se vende mais”, destacou.
Por isso, a maior indicação para crianças usarem os fogos, é de que haja sempre a presença de um adulto por perto monitorando, mesmo para aqueles fogos de menor potência.
“Fogos é uma coisa que criança não pode estar sozinha. Então tem que ser uma coisa assistida e acompanhada”, reforçou.
Os preços variam conforme a potência e a quantidade do produto. A chuvinha, por exemplo, que as crianças pequenas tocam, com supervisão, está custando de R$ 15 a R$ 20 reais.
Com informações do repórter Ed Santos do Acorda Cidade