Mais de 2,5 bilhões de pessoas no mundo vão estar acima do peso até 2035, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS). Atualmente, o Brasil tem 7 milhões de obesos, conforme estimativas do Ministério da Saúde.
Considerada uma doença, a obesidade é tema do “CNN Sinais Vitais” deste sábado (16), edição especial Mesacast.
Para discutir o assunto, o Dr. Roberto Kalil recebe as endocrinologistas Claudia Cozer Kalil, integrante do Núcleo de Obesidade e Transtornos Alimentares do Hospital Sírio -Libanês, e Maria Edna de Melo, médica do Grupo de Obesidade do Hospital das Clínicas de São Paulo.
O “CNN Sinais Vitais” edição especial Mesacast vai ao ar neste sábado (16), às 18h30, na CNN Brasil.
O que é obesidade?
De acordo com a OMS, obesidade pode ser definida uma doença caracterizada pelo excesso de gordura corporal prejudicial à saúde. Para se definir o que é obesidade, os especialistas calculam o Índice de Massa Corporal (IMC), dividindo o peso (em kg) pela altura ao quadrado (em m).
“A faixa de normalidade varia entre 18,5 e 24,9. Entre 25 e 29,9, teremos o que se classifica como sobrepeso. Igual ou acima de 30, teremos o que se classifica como obesidade”, explica a Dra. Maria Edna de Melo.
O que causa obesidade?
Não há fator absoluto para a doença. Contudo, sabe-se que a pré-disposição genética exerce papel essencial para o desenvolvimento da obesidade. Além disso, uma má alimentação, com abuso de alimentos ultraprocessados, pode desencadear o problema.
“São famílias que têm um gene e que tendem a ganhar peso com facilidade, seja pelo acúmulo, seja por menor gasto, seja por facilidade em estocar gordura. Mas o fator ambiental é mais preponderante do que o genético”, pontua a Dra. Claudia Cozer Kalil.
Uso de remédios sem orientação médica
Nos últimos meses, um medicamento conhecido como Ozempic, originalmente desenvolvido para o tratamento de diabetes, tem sido utilizado por pessoas em todo o mundo e classificado como uma espécie de “droga milagrosa” para perda de peso.
No entanto, os especialistas apontam os riscos de fazer uso da medicação sem orientação médica. “Esse medicamento tem alto custo e não são todos os pacientes que se beneficiam”, alerta a Dra. Claudia.
“Eles [os medicamentos] têm efeitos colaterais principalmente relacionados ao trato gastrointestinal, como náusea, vômito e diarreia”, acrescenta a Dra. Maria Edna.
(Publicado por Lucas Schroeder, da CNN, em São Paulo)