sexta-feira, novembro 22, 2024

Ondas de calor: 24 cidades da Bahia entram em grau de perigo por baixa umidade; 79% estão no oeste do estado

Cidades baianas receberam um alerta de baixa umidade do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) nesta segunda-feira (2). Entre os 24 municípios identificados pela instituição, 19 estão no oeste do estado, o que representa 79% dos registros. A notificação indica um grau de perigo, com riscos à saúde e aumento de probabilidade de incêndios.

Os municípios acometidos pela seca no ar são: Angical; Barreiras; Buritirama; Campo Alegre de Lourdes; Casa Nova; Catolândia; Cocos; Coribe; Correntina; Cotegipe; Formosa do Rio Preto; Luís Eduardo Magalhães; Mansidão; Riachão das Neves; Santa Rita de Cássia; São Desidério; Jaborandi; Pilão Arcado; Remanso; Malhada; Jacaraci; Iuiu; Urandi; Sebastião Laranjeiras. Entre as citadas, apenas as cinco últimas não estão localizadas no oeste baiano.

A meteorologista Andrea Ramos diz que esta baixa umidade é típica da estação. “O inverno tem essa característica, ele é seco, quando a umidade diminui tem a estiagem, a diminuição de chuvas e dessa amplitude térmica”, informa. Segundo ela, há cidades onde é comum ficar mais de 120 dias sem chover neste período.

Ela acrescenta que o cerrado, onde está localizada a região oeste da Bahia, é o bioma mais afetado pelo ar seco por estar mais próximo do centro do país. “Há uma massa de ar seco e quente, ela decorre justamente porque durante esse período se estabelece um anticiclone em altos níveis, que favorece esse bloqueio atmosférico e, consequentemente, a baixa umidade”, diz.

A estiagem causada pela baixa umidade do inverno propicia, inclusive, o surgimento de queimadas. Desde o início da estação, que começou no dia 20 de junho, o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) registrou 1.917 focos de queimadas, o que representa 54,8% das ocorrências contabilizadas no estado neste ano de 2024.

De acordo com o meteorologista do Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Inema) Aldirio Almeida, além das queimadas, a baixa umidade gera “desidratação, sobretudo de crianças e idosos, ressecamento das vias aéreas, agravamento de doenças respiratórias preexistentes, como asma e bronquite, irritação de olhos e pele”.

Para prevenir e atenuar os efeitos da seca na atmosfera, o Inmet recomenda que os acometidos pela seca bebam bastante líquido, passem hidratante e evitem ao máximo a exposição ao sol e atividades físicas.

Correio 24h – Foto: José Cruz/Agência Brasil

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