terça-feira, dezembro 3, 2024

Os últimos passos do empresário natural de Ipirá, antes da morte em restaurante de Feira de Santana

Dilmara de Santana Peixinho, de 26 anos, presenciou o marido, o empresário Marcos Edilho Pereira Marinho, de 39, ser morto em frente a um restaurante, em Feira de Santana, no centro-norte do estado. Os dois, que se conheceram por meio de uma rede social, estavam juntos há mais de 2 anos. Em entrevista ao Acorda Cidade, a jovem contou como foi os últimos momentos ao lado do amado.

Peixinho disse que ela e o marido viviam um relacionamento intenso, com momentos de curtição, bebedeira e viagens para o interior — Marinho era natural de Ipirá, também no centro-norte. O carinho do marido era tanto que ela se sentia amada como nunca fora antes. Mesmo com tanta intimidade, a jovem afirmou desconhecer se o empresário sofria ameaças de morte.

No dia do crime, o casal acordou mais tarde do que de costume, já que era um domingo. De motocicleta, saíram para comer um pastel acompanhado de caldo de cana. Na volta do lanche, Marinho fez algo novo que chamou atenção da companheira: a deixou pilotar o veículo.

Já em casa, os dois assistiram uma série e, em seguida, se aprontaram para comer no restaurante onde o crime aconteceu, na Avenida Fraga Maia. Antes de sair de casa, o empresário recebeu uma ligação da mãe, que o convidou para um almoço em família. O convite, no entanto, foi rejeitado, já que Marinho pretendia comer um prato específico.

Ataque

No restaurante, os dois tomaram cerveja e comeram tripas. Na saída, Peixinho ficou responsável por pegar a moto, que estava estacionada ao lado do estabelecimento comercial. O empresário deu à mulher uma bolsa. Dentro dela, havia uma arma registrada na Polícia Federal (PF) em nome de Marinho. Ele tinha autorização para usá-la apenas em casa e no escritório.

“Ele me deu a bolsa, me deu o capacete e eu coloquei na cabeça. Só que ele ficou parado lá na frente. Não fui pegar a moto porque estava do lado de um carro. Aí eu tirei o capacete, olhei pra ele e chamei: ‘vamos embora amor, vamos’ […] Foi muito rápido. O carro parou, e vi as portas abrirem e as pontas das armas. Veio na minha cabeça: ‘é um assalto’. Mas eles já foram atirando nele”, recordou a jovem ao site.

Marinho foi morto por disparos de calibre 12 e teve o rosto desfigurado. Uma câmera de segurança instalada dentro do restaurante flagrou o momento do ataque. Também é possível ver o desespero da mulher da vítima.

Agora, o histórico do empresário está sendo levantado pela Polícia Civil, que busca entender o que motivou a execução. O que se sabe até então é que ele respondia por crimes de estelionato em Minas Gerais e na Bahia. Peixinho e a ex-mulher da vítima prestaram depoimento. Até a manhã desta quinta-feira (16), ninguém havia sido preso.

BNews – Foto reprodução/Acorda Cidade

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