Poema de Puluca Pires foi imortalizado na voz de Raimundo Sodré

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Demonstrando preocupação com o meio ambiente de Ipirá,  o professor, poeta e ativista cultural Puluca Pires, teve um de seus poemas imortalizados na voz marcante do cantor e compositor ipiraense Raimundo Sodré, que musicalizou Chora, Chora Ipirá.

Confira abaixo:

Água pura e cristalina num sem fim de correnteza,

A sede dos desalmados,

Acabou toda a beleza,

Devastaram, assorearam,

Destruíram a natureza,

De tudo que tinha lá,

Só restou desolação,

Chora, chora Ipirá,

Lamenta, meu camisão,

Na bica da caboronga,

Fio d’água escorrer,

As margens do Rio do Peixe,

Água suja de se ver,

Tanque velho, tanque novo,

De Santana e de beber,

De ver tanta água secar,

Já secou meu coração,

Chora, chora e Ipirá,

Lamenta meu camisão.

Essa é uma singela homenagem do Caboronga Notícias a esse raro talento da literatura, que nos deixou de forma repentina nesta quarta-feira (29). Descanse em paz Puluca Pires.

Caboronga Notícias com imagem do arquivo