A enchente de maio em Porto Alegre gerou cerca de 180 mil toneladas de lixo pela cidade. Pouco mais de sete meses após a tragédia, cerca de 50 mil ainda aguardam destinação final, em aterros sanitários, conforme informações do Departamento Municipal de Lixo Urbano (DMLU).
A limpeza da cidade envolveu cerca de 4 mil pessoas e um investimento de R$ 200 milhões. A maior parte dos resíduos foi levada a aterros sanitários, mas uma parcela segue em um bota-espera, área delimitada pela prefeitura no bairro Sarandi. São lonas, telhas, restos de móveis e objetos plásticos no local, entre resíduos não identificáveis (veja vídeo acima).
O que é bota-espera? É um espaço próximo a regiões inundadas pela enchente definidos pela prefeitura para armazenar o lixo até ser encaminhado definitivamente para um aterro. Após a enchente, nove pontos da cidade chegaram a ter bota-esperas. Atualmente, só o do Sarandi ainda está em utilização.
Do Sarandi, os resíduos serão encaminhados para aterros em duas cidades da Região Metropolitana – Minas do Leão e Santo Antônio da Patrulha, ambas a cerca de 90 km da capital. Na segunda-feira (9), a prefeitura de Porto Alegre afirmou que a empresa MCT Transportes venceu o chamamento público para levar os resíduos para Santo Antônio da Patrulha – o prazo para executar o serviço é de 75 dias e a vigência do contrato de 120 dias.
Além da limpeza, a cidade enfrenta desafios como a reconstrução de infraestruturas e o atendimento às famílias desabrigadas. Os impactos da enchente se estenderam a outras cidades do Rio Grande do Sul, com milhares de pessoas afetadas e prejuízos significativos para a economia e o meio ambiente.
O serviço de limpeza começou em 6 de maio, ainda durante a enchente que deixou 183 mortos e 27 desaparecidos em todo RS.
g1 — Foto: Reprodução/ RBS TV