A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) divulgou uma pesquisa que mostra que uma nova linhagem do vírus responsável pela febre oropouche (OROV) pode estar ligada ao atual surto da doença. Apenas neste ano, foram contabilizados mais de 7,2 mil casos da enfermidade no país e as duas primeiras mortes da doença no mundo.
De acordo com o artigo, o aumento de casos de OROV é similar ao surgimento de uma nova linhagem viral, provavelmente originada no Amazonas entre 2010 e 2014, e que se espalhou silenciosamente na segunda metade da década de 2010.
A pesquisa também aponta que a disseminação do vírus foi majoritariamente impulsionada por movimentos de curta distância de mosquitos infectados, menos de 2 km, mas que houve uma proporção significativa de migrações de longa distância, com mais de 10 km, o que indica que atividades humanas contribuíram para a dispersão do OROV.