O verão começou às 6h20 (de Brasília) deste sábado (21) em todo o Hemisfério Sul e vai até o dia 20 de março de 2025, às 6h02 (de Brasília). A previsão é que a estação seja marcada por intenso calor e também por chuvas, como indica a previsão meteorológica do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) para os próximos meses.
Esse período é marcado pela elevação das temperaturas em todo o país, devido à posição relativa da Terra em relação ao Sol mais ao sul. Os dias se tornam mais longos que as noites, e as condições climáticas mudam rapidamente, favorecendo a ocorrência de chuvas intensas, queda de granizo, ventos de intensidade moderada a forte e descargas elétricas.
No entanto, segundo o Climatempo, neste verão, não teremos os impactos do fenômeno El Niño, que no ano passado colaborou para manter a atmosfera global muito aquecida, contribuindo para ocorrência de ondas de calor e de eventos extremos no Brasil. No entanto, a Região Sul e também a Região Norte devem experimentar períodos quentes, com alguns dias com calor acima do normal. No Sul, a tendência de aquecimento é especialmente o Rio Grande do Sul.
A chuva mais volumosa e frequente do verão 2024/2025 deve ocorrer nas Regiões Sudeste, Centro-Oeste, em muitas áreas do Norte e em parte do Nordeste, afirma o Climatempo. Na Região Sul, o verão será marcado por chuva irregular e espaçada, com vários dias de predomínio de tempo seco entre um episódio e outro de instabilidade.
Além disso, a expectativa de mais nebulosidade e chuva sobre o país neste verão vai evitar os longos períodos de calor intenso no Centro-Oeste e no Sudeste, como ocorreu no verão 2023/2024.
Veja como será o verão no Brasil:
Região Sul
Ondas de Calor: Maior risco no oeste do RS, SC e PR, com picos de calor mais intensos em Porto Alegre.
Temperaturas: Leste de SC e PR com calor moderado e temperaturas próximas à média.
Chuvas: Janeiro com precipitação irregular e mal distribuída. Fevereiro pode ter chuva acima da média, com pancadas frequentes, mas isoladas.
Frentes Frias: Passagens rápidas pela região.
Região Sudeste
Temperaturas e Chuvas: Alternância entre semanas de temperaturas amenas e períodos de calor com pancadas de chuva típicas. Verão menos quente que o de 2023/2024.
Litoral e Interior: Períodos mais frescos no litoral (leste de SP, RJ, ES, sul e leste de MG).
Frentes Frias e ZCAS: Frentes frias frequentes na costa organizam corredores de umidade, aumentando as chuvas, com possibilidade de ZCAS (Zona de Convergência do Atlântico Sul).
Região Centro-Oeste
Chuvas e Corredores de Umidade: Alta frequência de corredores de umidade e ZCAS, especialmente em GO, MT e leste do MS, com precipitação acima da média.
Calor: Ondas de calor menos frequentes, mas com eventuais picos no centro-sul e oeste do MS.
Temperatura Média: Chuvas volumosas ajudam a manter temperaturas dentro da média histórica.
Região Nordeste
Chuva e Temperatura: Primeira quinzena de janeiro marcada por irregularidade nas chuvas no MA, TO, PI e BA, elevando as temperaturas.
Corredores de Umidade: Deslocamento mais ao norte favorece chuvas acima da média em boa parte da região.
ZCIT (Zona de Convergência Intertropical): Atraso na chegada ao litoral norte; deslocamento esperado na segunda quinzena de janeiro com aumento das chuvas.
Calor Intenso: Persistência do calor no leste da BA, SE, AL e PE.
Região Norte
Temperaturas: Predomínio de tempo abafado com temperaturas acima da média em quase toda a região.
Chuvas: Apesar de chover menos do que a média, precipitações volumosas e frequentes ajudam na recuperação dos rios.
ZCAS e Corredores de Umidade: Formação constante favorece a estabilidade hídrica.
Vazão dos Rios: Não há previsão de novos recordes de baixa vazão histórica na Amazônia.
O Globo — Foto: Custodio Coimbra