O líder do governo no Senado, Jaques Wagner (PT-BA), esclareceu nesta segunda-feira, 22, o desgaste na base petista após a aprovação do PL da Dosimetria — que reduz a pena do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) após condenação do STF — na Casa.
Criticado por permitir a aprovação da proposta na comissão, o que facilitou a votação em plenário, o senador afirmou que a oposição já tinha maioria tanto no colegiado quanto na sessão plenária e que houve um “grande pastel de vento” em torno do episódio.
“Nossos senadores fizeram três tentativas de adiar a votação na CCJ, mas perdemos. Já estava consagrado que eles tinham maioria. A sessão foi virtual, o que dificultou o debate. O jogo já estava jogado. O senador Otto Alencar poderia pedir vista, mas isso não mudaria nada”
O senador disse ainda que nunca defendeu o PL da Dosimetria, que reduz penas de condenados por participação nos atos golpistas do 8 de janeiro de 2023, e garantiu que, antes mesmo da votação no Senado, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) já havia assegurado que vetaria o texto, caso fosse aprovado.
“Eu nunca defendi nem votei a favor da dosimetria. Votei contra. Esse projeto foi votado no mesmo dia em que estávamos reunidos com o presidente Lula em uma reunião ministerial. Cheguei a dizer que talvez precisasse sair no meio do encontro se a votação se embolasse, mas ele me disse que não precisava, porque vetaria se fosse aprovado”, afirmou.
8 de janeiro
Jaques Wagner afirmou que Lula fará um ato simbólico em defesa da democracia no dia 8 de janeiro de 2026. Até essa data, segundo o senador, o veto ao PL da Dosimetria deve ser publicado no Diário Oficial da União (DOU).
A TARDE ) – Foto: Carlos Moura | Agência Senado
















