A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), através da Subseção Feira de Santana, está emitindo um alerta para toda população sobre os golpes praticados por criminosos se passando por advogados.
Ao Acorda Cidade, o presidente Raphael Pitombo explicou que de modo geral, os golpistas se passam por advogados, informando que o cliente ganhou uma ação na Justiça, mas para receber o valor, será necessário pagar uma espécie de documento, que resulta no golpe.
“O caso mais comum que a gente tem observado, é que as pessoas entraram em contato com os clientes se passando por advogados, dizendo que há uma possibilidade de acordo ou que este acordo já foi liberado, mas para isso é necessário que este cliente pague por uma taxa. Infelizmente, muitos clientes acabam caindo neste golpe. Há pouco mais de um ano, a gente viu aumentar de forma exponencial esses casos e traz uma preocupação muito grande porque isso expõe o advogado e coloca o cliente em uma situação de risco de estar perdendo valores. A OAB Bahia vem alertando a população através das suas redes sociais, através dos canais de mídia, para que estas pessoas não caiam nestes golpes”, afirmou.
De acordo com a advogada Flávia Pacheco, os criminosos se aproveitam da malícia e utilizam uma linguagem robusta com termos técnicos, o que faz parecer ser uma mensagem verdadeira.
“Os golpistas preparam um texto muito bem elaborado, inclusive com termos jurídicos, o que faz o cliente ser induzido realmente que aquilo foi escrito pelo seu advogado, pelo escritório, e aí eles enviam esse texto por WhatsApp ou por e-mail aos clientes informando o número do processo, o CPF, as informações do processo, de quem são as partes e fazem o cliente realmente cair nesse erro porque todas as informações são reais e no texto ele diz que a pessoa tem um valor alto a receber naquele processo que o advogado ganhou a causa. A pessoa vai receber um grande valor, mas para que a pessoa receba, é necessário pagar por algumas certidões, e aí o golpe está neste ponto, a pessoa com desejo de receber quando vê os valores grandiosas, alvará de 200 mil, alvará de 300 mil, eles pedem para pagar uma certidão de 3 até 4 mil, a pessoa vai e faz o PIX para o número que é informado por eles e cai neste golpe”, alertou.
Segundo Flávia Pacheco, é necessário que o cliente possa entrar em contato com o próprio advogado ou com o escritório de advocacia que está responsável pelo caso, e obter informações se a mensagem recebida é verdadeira.
“É primordial que em uma situação como esta, o cliente possa imediatamente entrar em contato com o próprio advogado, entrar em contato com o escritório para saber realmente se procede as informações e isso, infelizmente, já aconteceu com a gente. Cerca de 30, 40 clientes nos notificaram que estavam recebendo estas mensagens, explicamos o que estava acontecendo, até fiz um vídeo informativo que se trata de um golpe. Um dos nossos clientes recebeu uma proposta para receber um alvará de R$ 230 mil, ele fez duas transferências que totalizou em cerca de R$ 4 mil e depois orientamos que ele fosse até a delegacia para prestar queixa, registrar um boletim de ocorrência, para que assim, tenha início às investigações policiais”, disse.
A advogada aproveitou para alertar sobre o uso indevido do CPF. Segundo Flávia Pacheco, é fundamental que as pessoas evitem compartilhar a chave PIX que contenha o número do CPF, já que se trata de uma informação muito importante, e através deste número, muitas movimentações podem ser feitas.
Além do fornecimento do número do CPF, Flávia Pacheco também destacou os riscos que podem ter, quem empresta cartões de crédito para terceiros. De acordo com a advogada, o mais importante neste momento, é que o próprio titular possa passar o cartão.
Acorda Cidade