terça-feira, novembro 5, 2024

Sob domínio do crime Bahia recusa intervenção federal na Segurança Pública

Os acontecimentos dos últimos dias apenas expõem uma realidade vivida nas ruas e avenidas de parte das cidades baianas: conviver com assassinos, assaltantes bandidos, criminosos e traficantes que mandam sob o olhar omisso do Estado

O Estado baiano não assume que está quase sob controle do crime organizado com as ações pulverizadas em grande parte da Bahia, onde estão diversas facções criminosas como Bonde do Maluco, Comando Vermelho e Primeiro Comando da Capital, além de pequenos grupos em cada bairro, espalhados pelo Estado em menor ou maior grupamento causando transtornos e terror em quase todos os 14,5 milhões de baianos e baianas.

Os números não mentem (mais d 5,3 mil assassinados por ano, ou 145 por dia, e ainda 6 a cada hora do dia), isso é guerra civil que o Governo da Bahia faz questão de ignorar.

Essa situação se agravou a partir de 2007 quando o atual grupo político ascendeu ao poder. Em 2006, foram 3,2 mil assassinado no ano, número já alto mas que não colocava a Bahia no topo dos crimes de assassinato ou homicídio ficando atrás de RJ e SP, pelo menos. Hoje o quadro nos deixa nessa liderança que infelicita cada família, de autores a vítimas, e que não vê perspectiva de melhora diante das narrativas do governo baiano e do Ministério da Justiça, esse sempre disposto a correr atrás de quem crítica o lado político deles, ou seja, não estão muito preocupados com as famílias de milhares de baianos e brasileiros que morrem e deixam sequelas em outros milhares que perdem entes queridos.

E para agravar ainda mais a situação já caótica, o ministro Dino da (In) Justiça e (In) Segurança Pública (MJSP), disse no domingo, 24, que a situação na Bahia “é um dos maiores desafios da segurança pública no Brasil”. Segundo o ministro, o governo federal segue em diálogo com o governo estadual para tentar estabilizar a situação no estado.

O governador Jerônimo Rodrigues já descartou, por enquanto, a intervenção federal na segurança pública, a mesma que ocorreu no Rio de Janeiro há 5 anos.

Administrar é fazer o que a sociedade precisa, não apenas o quer ou as vontades de cada um que está por enquanto no poder.

A Bahia está em situação caótica na educação, no emprego, na infraestrutura, na saúde e na ‘in’ segurança pública agravada nos últimos 10 anos, mas a omissão ou cegueira dos detentores do poder está em estado de faz de conta que não.

As vítimas do desgoverno também são os CACs, de armas legais para tiro ao alvo. Se fizerem uma pesquisa, essas armas legais seriam responsáveis talvez por 5% a 8% dos crimes, ainda altos, mas em padrão europeu ou norte-americano.

Não se pode esquecer o que disse um candidato a presidente da República: “roubar um celular para tomar uma cervejinha não é nada demais“.

Triste Bahia.

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