Durante o anúncio sobre a desistência da candidatura para as eleições presidenciais de 2024 nos Estados Unidos, Ron DeSantis pontuou que apoiará o ex-presidente Donald Trump.
Porém, esse fluxo de dinheiro está longe de ser direto. Frequentemente, os valores passam por vários intermediários, com a Fundação para um Mundo sem Fumo, Inc., uma organização sem fins lucrativos sediada nos EUA, atuando como nó central.
“Estou orgulhoso de ter cumprido 100% das minhas promessas e não vou parar agora. É claro para mim que a maioria dos eleitores republicanos nas primárias quer dar outra oportunidade a Donald Trump”, disse.
“Se houvesse algo que eu pudesse fazer para produzir um resultado favorável, mais comícios, mais entrevistas, eu faria, mas não posso pedir aos nossos apoiadores que ofereçam o seu tempo e doem os seus recursos se não tivermos uma visão clara do caminho para a vitória. Consequentemente, estou suspendendo hoje minha campanha”, explicou o governador.
“Winston Churchill observou certa vez que o sucesso não é definitivo, o fracasso não é fatal. É a coragem de continuar que conta. Embora esta campanha tenha terminado, a missão continua aqui na Flórida. Continuaremos mostrando ao país como liderar. Obrigado e que Deus abençoe”, concluiu.
Esse é um golpe devastador para a carreira promissora de um importante integrante do partido republicano, e o seu fracasso em alcançar a elevada expectativa da sua candidatura já provocou uma onda de dúvidas por parte de aliados e conselheiros próximos.
Alguns acreditam que DeSantis demorou muito para atacar Trump. Outros acham que sua equipe subestimou a ex-governadora da Carolina do Sul, Nikki Haley.
Muitos continuam convencidos de que não havia nada que DeSantis pudesse ter feito para afastar o partido dos seguidores leais e consideráveis de Trump.
Falta de dinheiro e conversa com doadores
A decisão do governador da Flórida de encerrar sua campanha presidencial ocorreu após dias de conversas com doadores. Ficou claro no fim de semana que não havia nem a razão, nem o apoio financeiro para continuar a sua candidatura.
DeSantis e sua esposa, Casey, tomaram a decisão neste domingo à tarde, surpreendendo muitos de seus funcionários e apoiadores.
“O dinheiro não estava lá para continuar”, afirmou um dos principais doadores do DeSantis à CNN.
Uma curta viagem de volta à Flórida na quinta-feira foi um momento de reinicialização para ele, onde, pela primeira vez, conversou seriamente sobre deixar a disputa presidencial, de acordo com uma fonte com conhecimento do assunto.
DeSantis se reuniu com um grupo muito pequeno de seus conselheiros mais próximos.
“Acho que ele só precisava de um pouco de tempo para organizar seus pensamentos e determinar um caminho a seguir. Ele tomou a decisão sozinho e determinou que é do seu interesse voltar a governar”, destacou a fonte.
A fonte descreveu o clima em torno dos conselheiros de DeSantis como “decepcionante, mas havia a crença” de que sua campanha havia acabado.
Fonte: CNN